A Crise e os Ganhos da Distribuição Organizada com os Produtos Agrícolas!

A Distribuição do Valor ao Longo das Fileiras Agrícolas e das Cadeias de Distribuição Organizada é um tema de discussão corrente nos países da União Europeia. Como sabemos a Distribuição Organizada tem-se concentrado mais, estreitou as condições da procura e por outro lado, a Produção não se tem organizado ou evoluído da mesma maneira ou grau, encontrando-se a oferta mais dispersa e consequentemente, vulnerável. Deste modo, o processo de negociação, o qual tem decorrido livremente no mercado, ausente de qualquer regulação, mesmo que mínima, por parte dos Estados tem levado a um desequilíbrio para o lado da Distribuição.
A minha opinião é de que o Governo que sairá das próximas eleições deve usar os poderes legais ao seu alcance para estudar este problema com que se debate a economia portuguesa e implemente alguns remédios, intervindo o menos possível no mercado, mas fazendo alguma coisa para ajudar ao justo equilíbrio entre as partes.
Foto:FreeDigitalPhotos.net

Comentários

José Silva disse…
Mais uma vez: PARA BÉNS!

As fotos são as "cerejas em cima dos bolos". E têm gema.

Quanto ao novo governo, não me parece que seja capaz de tomar medidas que não sejam já praticadas na Comunidade Europeia.
Agora, não devemos deixar de analisar o que são as boas práticas comerciais nos outros países comunitários e exigir que haja moralidade.
Em palavras, já tudo foi dito e prometido. Falta fazer.

No site do Clube de Produtores lê-se:

"Na análise aos resultados comerciais, decorrentes da venda dos produtos do Clube de Produtores, continua a verificar-se uma evolução positiva, particularmente na área das frutas e legumes."

Então, toca a alargar este tipo de Clube. O País "agradece".

Será que em Portugal poderíamos seguir o exemplo do Brasil neste contexto:

ROBERTO RODRIGUES, 65, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal, foi ministro da Agricultura.
http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=23734

Em 21 de Maio de 2008, num blog que não é de agricultura, ficou registado o seguinte:

Ontem, num comunicado coordenado por Durão Barroso, a Comissão Europeia, num sinal de nervosismo com a crise alimentar convidou os líderes europeus a discutir a fundo o problema em Bruxelas, e acusam os especuladores como os principais culpados na espiral de preços.

.....

Hoje, o choque do leite parece ter acordado o ministro:

http://anilact.pt/content/view/689/96/
José Silva disse…
Mais uma achega:

O actual e o novo governo irão acompanhando o evoluir da situação... mas a sociedade civil também não pode deixar de actuar atempadamente.

Vejamos este caso:

A ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, tem por fim a representação legal, defesa, gestão, promoção e estudo dos interesses sócio-económicos do sector transformador do leite e lacticínios em Portugal.

A ANIL resulta da evolução do então denominado Grémio Nacional dos Industriais de Lacticínios, constituído em 1957, na sequência da aprovação do Alvará de 30 de Novembro de 1956, do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, entidade então integrada no Ministério das Corporações e Previdência Social.

...

A Associação congrega no seu seio empresas que produzem todos os tipos de produtos lácteos, empresas extremamente heterogéneas no que se refere à respectiva dimensão, à forma societária que adoptam, ao tipo de produtos que laboram, ao número de referências que fabricam ou aos canais de distribuição que utilizam para a comercialização dos seus produtos.

Os objectivos da ANIL centram-se na defesa dos interesses e representação do sector, no acompanhamento das matérias legislativas, normativas, ambientais, económicas e técnicas que contribuam para o desenvolvimento da indústria láctea em Portugal. Cabe-lhe, ainda, zelar pela manutenção de um clima de sã concorrência e de bom relacionamento no interior do sector, desenvolvendo código de ética e adoptando acções que visem uma conduta leal no mercado.

A ANIL tem vindo, paulatinamente, a converter-se num prestador de serviços qualificado e especializado em diferentes áreas – técnicas, regulamentares, ambientais, económicas, fiscais, laborais, ... – desenvolvendo um relacionamento com as empresas associadas e outros interlocutores, que aqui encontram um parceiro e uma mais-valia na abordagem das questões com que se debatem.

A ANIL no seio da hierarquia associativa encontra-se filiada na Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) e na Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), enquanto a nível sectorial integra o Comité Nacional do Leite e a Associação para o Laboratório Interprofissional do sector do Leite e Lacticínios (ALIP). É ainda accionista fundadora da Embopar, a sociedade gestora de participações sociais que agrega os interesses dos sectores embaladores no seio da Sociedade Ponto Verde. No campo internacional, está directamente filiada na European Dairy Association (EDA), enquanto por via indirecta segue os trabalhos da International Dairy Federation (FIL/IDF) e da Confedération des Industries Agro-Alimentaires de l’EU (CIAA).

...

No meu entender, uma associação como esta tem muito a dar e a exigir em prol da sua fileira ou do seu sector.
José Martino disse…
A ANIL já estudou se o elo da Fileira do leite que representa está a ser competitivo?
O que pode fazer a indústria nacional para melhorar a mais valia dentro da cadeia de Valor?
Qual a estratégia a médio prazo que a indústria de lacticínios vai seguir para dar maior competividade à fileira?

Mensagens populares deste blogue

PODA INVERNO KIWI

Enxertia em actinidia (planta do kiwi)

VALORES DE ARRENDAMENTO PARA UMA EXPLORAÇÃO NA REGIÃO DE SANTARÉM