É preciso reformar as relações do Estado Português com os seus cidadãos! Um exemplo que explica a descredibilização do actual regime!

O Ministério da Agricultura está, nesta altura, a enviar cartas aos proponentes que se candidataram às ajudas ao investimento no concurso de Julho, com o objectivo de encerrar as audiências prévias de chumbos de projectos, muitos deles por erro de colocação na data do termo de operação, pois, por exemplo, em lugar de 2017 colocou-se 2012 na candidatura, apesar da VAL ser muito positiva e da TIR ter valor coerente para rentabilizar o investimento. Este indicadores muito positivos, calculados e escritos nas candidaturas não são possíveis de obter nos períodos de operação tão curtos, o que demonstra inequivocamente que no termo de operação se apresentaram anos que são erros de digitação).

Ao mesmo tempo é publicada no passado dia 6 de Maio a Portaria n.º 482/2009 referente à Acção 1.1.2 do PRODER "Investimentos de Pequena Dimensão".
Nestas candidaturas serão elegíveis as plantações. Assim havendo uma confusão sobre a legislação coloquei ao PRODER em 22 de Maio de 2009 o seguinte pedido de esclarecimento:
Subject: Acção 1.1.2 do PRODER Ex.mo Senhores, Na Portaria relativa à Acção referenciada em epígrafe na alínea b)do n.º 2 do artigo 10.º indica um apoio para de 45% para as plantações anuais. P. F. informem-me quais são os investimentos que contemplam as plantações anuais? Certamente que a cultura da batata é apoiada nesta nestes investimentos dado tratar-se de uma plantação anual. Cumprimentos,José Martino

Ao qual obtive ontem a seguinte resposta:

Ex.mo Senhor: Em resposta ao seu e-mail que mereceu a nossa melhor atenção informamos que no âmbito FEADER não são elegíveis as plantações anuais. Mais se informa que a referência a plantações anuais na alínea b) do nº 2 do artigo 10º da portaria 482/2009 se deve a um lapso de escrita. Assim, onde está escrito "plantações anuais" deveria estar "plantações plurianuais". Com os melhores cumprimentos,Secretariado Técnico do PRODER


A história Portuguesa dos últimos duzentos anos repete-se de forma cíclica, porque o Estado tem sempre razão, pode errar e cometer lapsos, infelizmente quando acontece o inverso, os cidadãos não podem cometer lapsos, pois são penalizados e assumem os avultados prejuízos que o Estado lhes causa.

Tal como há cem anos a Monarquia desapareceu porque os partidos do regime não tinham soluções para os problemas concretos dos cidadãos, hoje passa-se o mesmo fenómeno e por isso muitos portugueses recusam-se a votar porque não têm políticos para escolher que lhes dêem confiança que resolverão os seus problemas concretos do dia-a-dia, muitos deles semelhantes ao exemplo aqui apontado.

Se os políticos que forem eleitos nos três actos eleitorais de 2009 não mudarem este estado de coisas durante a próxima legislatura, prevejo que o actual regime irá "cair de podre" como os que desapareceram em 1910, 1926 ou 1974.

Comentários

José Silva disse…
E há muito mais pessoas a prever o mesmo... os avisos estão feitos... os estragos estão à vista: vamos ver o que acontece.
José Martino disse…
Acho que devemos fazer com que aconteça, para isso devemos dar ideias e apresentar as N/ propostas. Para os tempos difíceis que atravessamos cada im de nós tem que participar. Ninguém está dispensado! Espero as V/ ideias. As minhas irão sendo apresentadas....

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