A crise no leite continua. Até quando?

O meu amigo, Eng. José Silva, enviou-me um email com uma notícia da TSF sobre as preocupações dos produtores de leite, porque a RENOLDY esteve para fechar e parece que há rumores que a PARMALAT irá seguir o mesmo caminho. Há um conjunto grande de produtores de leite que estão diariamente a perder dinheiro continuando a desenvolver esta actividade, porque os seus custos de produção são superiores à receita que o leite gera.

Está na hora dos partidos políticos que podem ganhar as próximas eleições estudarem o problema e apresentarem as suas soluções. O próximo governo não pode lavar as mãos como Pilatos e deixar que o mercado se encarregue de levar à falência um grande número de explorações leiteiras.

A minha previsão aponta para que nos próximos 4 anos irão desaparecer até metade dos actuais produtores de leite. O que pode o governo que sairá das próximas eleições fazer para ajudar estes portugueses e a fileira do leite?
Foto: www.dreamstime.com

Comentários

Anónimo disse…
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O Zé dos Kiwis era uma hipotese meramente académica ...

o que eu queria demonstrar, era que um Português standard, aquele que tem pouco capital, mesmo que seja uma pessoa dinâmica, com a actual legislação não tem condições minimamente atractivas para arrancar com um negócio agrícola.

é óbvio que o Zé poderia fazer uma horta e produzir uns nabos, mas isso seria agricultura de subsistência, um Projecto com esse cariz nunca seria aprovado.

REGULARIZAR A SITUAÇÃO DOS PROMOTORES DEPOIS DO PROJECTO APROVADO SERIA UMA EXCELENTE FORMA DE PROMOVER A CRIAÇÃO DE MICROEMPRESAS AGRÍCOLAS ... !!!
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Anónimo disse…
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ainda em relação à transparência ...

o factor próximidade é gerador de de cumplicidades/influências que, geralmente, nestas coisas acabam por se tornar perniciosas.

por uma questão de transparência ...
o que acha da ideia de as DRAPs analisarem apenas Projectos fora da sua área de implantação?

ou seja, por ex, a DRAP Alentejo não poderia analisar Projectos do Alentejo, teria que analisar Projectos doutras zonas/DRAPs.
o mesmo se passaria com as outras DRAPs.

QUE LHE PARECE ... ???
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José Martino disse…
O que defendo é agricultura empresarial!Qualquer português se pode candidatar com sucesso dentro dos moldes actuais, já diz o velho ditado: "quem não quer... até os ... estorvam!". Esse velho mito que o negócio da agricultura é para os coitadinhos, que o Estado tem que tratar os agricultores como excepções, tem que desaparecer das N/ ideologias. Se nos classificamos como "coitadinhos", seremos tratados como "coitadinhos".para mim, Os agricultores são cidadãos de 1.ª categoria. Se existem problemas sociais nesta actividade que sejam tratados pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social e não pelo Ministério da Agricultura.

A transparência de que fala, no caso do ProDeR não me parece que vá prejudicar ninguém porque neste momneto há dinheiro para atribuir a todas as candidaturas. Caso exista isso que escreve, já todos sabemos que quem tiver capacidade de influência a vai exercer, independentemente de quem e onde se façam as análises de projectos.Os concursos tornam o processo mais transparente porque todos têm acesso á informação de quem se candidatou.

A ideia que veicula das análises aos projectos serem feitas por técnicos fora das regiões onde se localizam as explorações objecto dos investimentos, tem vantagens e inconvenientes. A principal vantagem resultaria na eliminação dos atrasos,a região Norte tem um número significativamente maior de candidaturas face às restantes regiões e com a proposta apresentada recuperar-se-iam os atrasos para concluir os concursos. A desvantagem será o fraco conhecimento técnico que existe da agricultura regional fora dessa região (tenho um exemplo de uma candidatura do Minho que foi analisada noutra região e neste caso o analista não queria aceitar que na horticultura do Entre Douro e Minho se fizessem durante um ano, quatro ou mais culturas).
Mário Ribeiro disse…
Viva, se ler com atenção o Programa de Governo do PS, poderá constactar, na página 33, que já lá está a necessária referência ao apoio especifico a sectores mais afectados pelo mercado, como é, neste momento, o caso do sector leiteiro. Boa leitura.
http://www.socrates2009.pt/Conteudos/Noticias/Programa-do-Partido-Socialista/Programa_de_Governo_do_PS.aspx

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