Tema Debate n.º 4

1 - Que o Plano Estratégico da Agricultura Portuguesa deverá ser implementado nos próximos 10 anos?

2 - Deve ser o Ministério da Agricultura a elaborar e promover o Plano Estratégico da Agricultura Portuguesa? Qual o papel da sociedade civil? O que podemos fazer cada um de nós como cidadãos?

3 -Como fortalecer a iniciativa privada na promoção do Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa e do Mundo Rural?

4 - Como fazer aparecer e promover a massa crítica nas diversas fileiras?

Comentários

Anónimo disse…
Aqui vai o meu singelo contributo para este debate. Quanto ao plano estratégico, devemos em primeiro lugar definir as metas reais que o País pode atingir, não esquecendo as particularidades e especificidades dos mercados. Lembro o case study dos Australianos na área dos vinhos, eles traçaram os objectivos a 15 anos a que se propunham, e fizeram depois o caminho contrário para o alcançar. Para mim seria importante, antes de mais, estudar o mercados interno e externo primeiro, ver oportunidades, novos hábitos de consumo, etc. Temos um clima dos melhores a nível da Europa, temos grandes técnicos que devidamente agilizados poderiam acompanhar este tipo de projectos. Envolver ás Universidades, Politécnicos, como agentes pró-activo que agora não o são...

Pedro Sampaio
Anónimo disse…
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1 - Dez anos é muito tempo, as coisas mudam a um ritmo alucinante.
Vou "fazer contas" só até 2013.

O PRODER parece-me bem conseguido, a criação da Fileiras Estratégicas foi uma boa ideia.
Agora há que pô-lo ( PRODER ) urgentemente sobre carris ...
Se forem apresentados e implementados bons Projectos, acho que a nossa Agricultura dará um salto qualitativo.

2 - « Não perguntes o que a Sociedade pode fazer por ti. Pergunta antes o que podes fazer pela Sociedade ».
Se cada um de nós apresentar bons Projectos e conseguir conduzi-los ao sucesso, certamente daqui a uns anos teremos uma Balança Comercial equilibrada a nivel Agricola.

3;4 - Acho que será preciso mudar um pouco as mentalidades. Ser agricultor é uma profissão tão nobre como outra qualquer ... até como Advogado ... ou Médico.

Alexandre
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Anónimo disse…
Quanto as áreas em que penso poderemos ser mais competitivos, estão os vinhos tintos de qualidade, o vinho verde de qualidade (factor de diferenciação único no mundo, e sub-explorado) os azeites de qualidade, os hortícolas biológicos em geral e os de folha pequena em particular, enfim estas e outras mais, que a massa critica possa trazer para cima da mesa!!

Pedro Sampaio
José Martino disse…
Acham que as universidades e os institutos politécnicos estariam interessados em participar na elaboração do Plano Estratégico da Agricultura Portuguesa?
José Martino disse…
Como está a ser feita a gestão pol+itica das fileiras estratégicas?
Quais são os objectivos para cada uma delas?
Que referencial tem o governo para saber se estão no bom caminho? como sabe o que deve fazer para que mudem para o sentido certo?
Anónimo disse…
As instituições de ensino em Portugal custam milhões ao orçamento de estado. É lógico que a sua existência é inquestionável, no entanto estão sub-aproveitadas, e ao mesmo tempo se auto-desvalorizam do papel que tem na sociedade. A sua existência não pode ser meramente académica, tem que acima de tudo estabelecer a ponte entre a investigação&desenvolvimento de qualidade e o mundo rural real. Actualmente servem sobretudo para a realização profissional dos docentes, numa lógica de ascensão contínua na sua carreira profissional. Os poucos estudos com aplicação não saem dos gabinetes e o relacionamento com as empresas é tímido. Aqui o estado tem um papel de regulação que deveria ser desempenhado. Veja-se o exemplo do USA, basta visitar uma pagina web de uma das Universidades, e verificam-se logo ás diferenças!! Os estudos estão disponíveis on-line...


Pedro Sampaio


Pedro Sampaio
JRNA disse…
Pensar que são as universidades que vão delinear seja o que fôr em termos estratégicos é, quanto a mim, um erro. Professores que se querem promover e fazer curriculum é o usual, com raras e honrosas excepções.
Anónimo disse…
A questão não passa porque quem faz ou deixa de fazer o delineamento, a questão passa pelo contributo de todos os agentes e a EFICIÊNCIA dos mesmos.
Anónimo disse…
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Por falar em EFICIÊNCIA ...
Seria um Grande Passo para Portugal, que os Processos de aprovação dos Projectos do PRODER sejam mais transparentes e menos OCULTOS!

Alexandre
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José Martino disse…
O que é que cada um de nós está a fazer para melhorar a situação actual na agricultura portuguesa?
Anónimo disse…
Caro José Martino,

Nesse capitulo fiz tudo o que me foi possível na minha área, a saber, implementação de tecnologia na monitorização ambiental e gestão de rega para a agricultura, através de ferramentas que fundamentalmente visavam a optimização das varias operações de manutenção das culturas!! Sabe o que aprendi com isso? Que possuimos regra geral estruturas muito pouco profissionalizadas, que tomam decisões por tomar, não se preocupam minimamente com a eficiência das suas gestões, e mesmo quando possuem as ferramentas não sabem tirar partido delas... e isso é preocupante!!

Pedro Sampaio
Anónimo disse…
Não se pode continuar a alinhar na justificação fácil, o ano foi mau porque houve ataques fortes de míldio, o ano foi mau porque houve ataques de oídio, o ano foi mau porque não choveu, o ano foi mau porque produziu-se pouco, etc, etc, etc. O papel do agricultor não é só lançar a semente a terra, mas munir-se de ferramentas que o permitam minimizar ao máximo todos os riscos associados a esta actividade, e com isso obter consistência de resultados, garantia de produção, optimização do seu modo de produção, isto é basicamente minimização dos riscos e optimização dos resultados, tendo sempre em conta e bem definido os objectivos que se propõem a atingir.

Pedro Sampaio
José Martino disse…
Caro Pedro Sampaio,
Gostaria de obter informações sobre as suas ferramentas de gestão da rega, pois podem ser muito importantes para a Fileira do Kiwi (o consumo de água é muito grande e tudo o que se possa fazer para racionalizar o seu uso e custo tem muito interesse)e outras Fileiras com que trabalho.
José Martino disse…
Também sinto dificuldades pela debilidade das estruturas associativas, mas não perdi a vontade de trabalhar para que melhorem as condições do agricultor. eventualmente, ainda sofro da fase sonhadora de uma juventude serôdia!
A experiência de vida que Pedro Sampaio descreve é o mesma que sinto quando leio "Os Maias" de Eça de Queiroz: "os portugueses não dão valor a tudo aquilo que pode fazer a diferença para melhor". Temos de rebentar com este circulo vicioso! Vamos ao trabalho!
Anónimo disse…
Caro José Martino,

Envio-lhe as informações pedidas para o seu email. Quanto a fileira dos Kiwis também conheço razoavelmente a sua constituição, aliás tive contacto com todas as grandes organizações dessa fileira. Não são muitas, estão razoavelmente concentradas, mas sinto que muito poucas estão a trabalhar como deveriam na fase 1 - Produção. O problema dos kiwis prende-se mão só com a optimização da gestão de rega, como a capacidade de fazer face essas mesmas necessidades, mas também um outro problema gravíssimo as geadas. E depois o problema da conservação - ligado em muito a gestão de água. Existem ferramentas que permitem intervir em todos estes pontos críticos da fileira, gestão de água e alarme de ocorrência de geadas, que em maior parte das organizações não estão a ser utilizados...


Pedro Sampaio

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