"Temos de investir nas batatas e nos legumes"

Da notícia publicada em http://www.tvi24.iol.pt/economia/portugal-europa-medina-carreira-agricultura-crise-economia/1100482-4058.html retirei o seguinte excerto:

“Para Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, só há uma solução para Portugal: «temos de investir nas batatas e nos legumes. Só através do investimento no sector primário e secundário, para exportar, conseguiremos sair da crise».

O antigo governante falou durante a apresentação do seu livro «Portugal que futuro» e foi, mais uma vez, crítico das políticas governativas. Para o economista vivemos num «ciclo de endividamento e défice crónico» e de onde só há uma saída possível: «aumentar a produção para criar riqueza».

Para isso é preciso «criar uma economia de mercado livre» e guardar «todo o dinheiro que nos emprestam» para combater o endividamento, em vez de o esbanjar. «Neste momento, cada português deve 16 mil euros, mas daqui a cinco anos deverá muito mais», exemplificou o economista.”

Identifico-me muito com esta perspectiva de desenvolvimento económico através da criação de riqueza no sector primário, pois Portugal deve aproveitar as mais-valias geradas pela exportação de vinhos, frutas, hortícolas, azeite, etc. para ultrapassar a crise. Tenhamos nós Portugueses orçamento nacional para aproveitarmos todas as ajudas da União Europeia!

Comentários

JRNA disse…
A mentalidade vigente faz com que toda a gente se ache com direito a ter tudo o que lhe apeteça mesmo que não tenha dinheiro para isso. Já li o livro e aconselho-o vivamente!
Anónimo disse…
.
O homem é um hiper-péssimista inveterado ...
Mas é sempre bom haver alguém que se lembre da agricultura!

Alexandre
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JRNA disse…
Para mim, é um optmista esclarecido!
Anónimo disse…
O discurso proferido pelo Sr. Primeiro Ministro na abertura do debate, na Assembleia da República, relativo ao Programa do décimo oitavo Governo Constitucional, distribui-se por 130 parágrafos, 6500 palavras e quase 35 mil caracateres. No entanto em relação ao sector agrícola e agro-alimentar, a sua referência limita-se a:
"Dedicaremos uma atenção muito especial à situação da nossa agricultura, em especial nos sectores mais atingidos pela evolução negativa dos mercados internacionais. Finalizaremos os principais empreendimentos hidro-agrícolas; criaremos um programa de apoio à exportação para as empresas agrícolas e agro-industriais; daremos nova agilidade à execução do Proder e defenderemos os interesses da agricultura portuguesa na discussão da futura Política Agrícola Comum."
Tal como o programa de governo se limita a retomar - em matéria de agricultura - as linhas inseridas no programa eleitoral do Partido Socialista, também a intervenção do Primeiro Ministro elenca, como aliás seria de esperar num discurso genérico, as linhas de força deste governo para o sector agrícola:
> atenção especial nos sectores mais atingidos pela evolução negativa dos mercados internacionais (onde, presume-se, se encontra a fileira do leite);
> finalização dos principais empreendimentos hidro-agrícolas (justificando os elevadíssimos volumes financeiros que continuam a ser alocados ao projecto do Alqueva);
> criaremos um programa de apoio à exportação para as empresas agrícolas e agro-industriais (esquecendo o apoio às actuações de substituição de importações);
> nova agilidade à execução do Proder (um verdadeiro imperativo nacional)
> defender os interesses portugueses na discussão da futura Política Agrícola Comum (outro imperativo, considerando a implementação do 'health check', inclusivé as alterações da organização do mercado lácteo comunitário e o desmantelamento do sistema de quotas leiteiras, e a discussão das perspectivas financeiras para a PAC póis-2013).
A ver vamos, relativamente à efectiva atenção que o governo dará ao sector...
PP
Anónimo disse…
não acho que seja pessimista, deve ser uma das poucas pessoas que diz, sem papas na lingua, a verdade ao país sobre a sua situação economica.

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