Lufada de ar fresco

Artigo da Vida Económica:

O novo Governo tomou posse na passada terça-feira. Entre os 11 ministros e os 2 secretários de Estado, que formam um governo em que os portugueses depositam grandes esperanças, um nome, uma figura, reteve-me a atenção.

Não por se tratar de uma senhora, mas porque, e a qualidade de género não deixa de ser também invulgar para a pasta, se tratava da nova ministra da Agricultura. Assunção Cristas é o nome de que os agricultores mais vão ouvir falar daqui por diante.

Espera-se que por bons motivos, já que os seus antecessores, António Serrano e Jaime Silva, não deixaram saudades. Oriunda do CDS/PP, Assunção Cristas vai ter de enfrentar um sector dominado por uma forte componente masculina.

Julgo aliás que isso será um factor de sucesso para a sua missão. Uma mulher, para além de todos os méritos e competências que a novel ministra certamente terá, tem sempre na bagagem uma intuição, uma perspicácia, um “sexto sentido”, que falta aos homens e que, seguramente, faltou a Jaime Silva e a António Serrano.

Não será tarefa fácil, até porque a herança é pesada. Mas passará muito pelo desempenho de Assunção Cristas um vislumbre do nível de desempenho do Governo. A agricultura, com Assunção Cristas, não será um sector menor, dado o peso político que a dirigente do CDS/PP indiscutivelmente tem. E as palavras de Cavaco ainda soam fortes…

Comentários

Anónimo disse…
Ok, a senhora não tem formação nem interesses na agricultura, mas isso não quer dizer que não consiga fazer um bom trabalho.
O ministro é uma pessoa, que apesar de ter a responsabilidade, tem uma estrutura de pessoas(ministério) que supostamente teram a devida competência nas mais diversas áreas de intervenção.
O facto de o CDS ter feito campanha com a agricultura como bandeira, o facto da ministra ter sido um escolha pessoal de Paulo Portas, o seu curriculum, sua idade, sua competência e o facto de não ter interesses directos e pessoais levam a crer que pelo menos irá tentar fazer um bom trabalho.
Na minha opinião o que é importante não será o valor das ajudas, mas sim como seram aplicados, é importante criar valor com as actividades ligadas ao mar e á terra, é criar competências valorizar as profissões nesta area, é cativar mais pessoas, é conseguir ter autonomia alimentar, exportar, inovar, aproveitar os recursos humanos, hídricos e terrestres.
É fazer com que nós portugueses escolhermos produtos portugueses não pelo facto de ser Português ou mais barato mas sim por ser um produto de qualidade.
Anónimo disse…
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Eu não sei como se processam estas coisas ...
A escolha dos Secretários de Estado é da responsabilidade dos Ministros?

Mas só existem 2 hipóteses ...
1) Sim: neste caso a escolha do José Albuquerque ( que já teve ligações à CAP ) quer dizer que a Ministra quis agradar ao Status Quo.
2) Não: neste caso quer dizer que lhe impingiram um defensor do Status Quo e ela ( Ministra ) mesmo que a contragosto não será mais do que uma marioneta nas mão da CAP.

QUE VENHA O DIABO E ESCOLHA!...

Nota1 - Ouvi a senhora no telejornal, canta bem ( facilidade de expressão! ) mas não me alegrou.
Fiquei com a estranha sensação de que a senhora não fazia a minima ideia daquilo que estava a dizer.

Nota2 - Espero bem que o futuro me desminta por completo ...
A bem da Agricultura de Portugal!
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Anónimo disse…
...
Vitor Monteiro
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Anónimo disse…
...
Vitor Monteiro
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