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A mostrar mensagens de novembro, 2011

Investir na agricultura? Análise swot das fileiras estratégicas

O leitor PM perguntou o seguinte: "Boa noite Eng.º Martino, Alguma das sessões incluirá análise swot para as aromáticas, frutos pequenos e apicultura? Cumprimentos, PM" No seminário da próxima 4.ª feira na Escola Agrícola Conde S. Bento, em S. Tirso, espero ter alguns jovens agricultores para falarem sobre as perspetivas de pelo duas das três fileiras indicadas

Devolução de fundos financeiros a Bruxelas

Dizem as minhas fontes que a queda da Presidente do Conselho Diretivo do IFAP tem a ver com a devolução à Comissão Europeia (Bruxelas) de cerca de 300 M€ de fundos financeiros da Agricultura. A ser verdade, concluo que qualquer responsável político tem que ser muito consciente e que só pode afirmar que não haverá devolução de fundos quando dominar toda a máquina do Ministério da Agricultura, bem como todos os processos que este tramita, sob pena de mais tarde ou mais cedo a realidade o desmentir. Na minha opinião, já o expressei, várias vezes, de forma publica, o Ministério da Agricultura necessita de ser dominado pela liderança política, para que as determinações e decisões que tomem sejam implementadas no timing político definido. A forma de praticar esta determinação passa por obrigar que, o Ministério da Agricultura e as Instituições que tutela, tramitem os processos dentro dos prazos legais. Numa primeira fase, para aqueles casos em que o Estado se sistemáticamente, seriam alargad

Melhorias no parcelário agrícola

O leitor Filipe Pedro descreveu a sua experiência com o Parcelario: "Já consegui, depois de umas 7 idas a salas de parcelarios e de ter que levar um vizinho que tinha o parcelario feito no terreno errado, no que eu queria, para ajustar o dele que estava errado, ter andando terça de manha á chuva á procura de marcos a tirar coordenadas gps que disseram que dava e depois afinal outro funcionario disse que nao dava, e mil e umas questoes que mudavam consoante o funcionario, lá consegui fazer o parcelario de todos os terrenos e para a semana dá entrada a candidatura, como diz o sr eng, há funcionario que fazem o trabalho com olhos fechados e outros que com os olhos abertos nao pescam nada do programa que teem á frente, mas isso é em todas as profissoes, também tive numa sala que pagar e noutra nao paguei nada, fiquei sem perceber porque das diferenças, mas o objectivo já foi alcançado que era o que interessava o bendito ie ou antigo p1, foram quase 3 semanas nisto de manha á noite com

Mudanças no IFAP

As notícias que me chegam do interior do IFAP indicam que a presidente do conselho diretivo, Dra. Ana Paulino, apresentou a sua demissão à Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, apesar de que dizem as minhas fontes de que ainda não é público este facto. Faço votos que no caso de haver mudanças no IFAP optem por uma personalidade que junte o que tem de melhor a Dra. Ana Paulino com a liderança da organização, a estruturação das equipas humanas e a eficiência e eficácia nos processos que a Instituição tramita. Que desta vez a decisão política vá no sentido de nomear toda a equipa do conselho directivo do IFAP e que esta seja da confiança pessoal de quem a vá liderar. A agricultura portuguesa e os seus agentes agradecem que se encontre a solução que despolitize o IFAP e vai de encontro aos superiores interesses de Portugal. Espero que desta vez a solução passe por uma personalidade fora do eixo Lisboa - Cascais - Leiria - Santarém - Évora.

Necessidade de uma política para a agricultura portuguesa

Ontem, tive o grato privilégio de conversar durante cerca de hora e meia com um responsável comercial de um dos mais importantes bancos nacionais. Consegui perceber as razões que levam a banca, até esta altura, a não ter grande interesse pela concessão de crédito à agricultura portuguesa: a banca tenta perceber quais são as políticas de médio/longo prazo que os governos teem para os diversos setores de atividade económica. Aqueles em que o governo aposta e por isso, tentam criar linhas de crédio para as atividades que são prioritárias. Para que haja mudança quanto à agricultura é preciso que se perceba qual a política para a agricultura nos próximos quatro a dez anos

Parcelário Agrícola

O leitor Ricardo Santos escreveu neste blogue: "Desde já dou os meus parabéns ao Engº José Martino pelo excelente trabalho que têm feito em prol da agricultura, eu passei pelo mesmo problema a angariação de terrenos para o meu projecto mas após alguma insistência e muita paciência consegui os terrenos que percisava demorou aproximadamente 2 anos e alguns meses a conseguir, mas consegui e hoja recebi a confirmação de que o meu projecto foi aprovado, o que eu posso desejar a todos os jovens agricultores que passam por este problema é não desistirem e terem uma dose bem grande de paciência não só ao que respeita aos terrenos mas tambem quanto ao parcelário." Comentário: 1 - Tinha-me esquecido de comentar as dificuldades em "fazer o registo no Parcelário". Agradeço ao leitor ter chamado a atenção para este problema. 2 - Trata-se do registo das várias parcelas que constituem a exploração agrícola na base de dados do Ministério da Agricultura. Esta operação consiste na id

Seminário: Investir na agricultura? Análise swot das fileiras estratégicas

Podem consultar em: http://www.cnjap.pt/index.php/proder-redes-tematicas/seminarios/117-investir-na-agricultura-analise-swot-das-fileiras-estrategicas-em-santo-tirso , um seminário que decorrerá na Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento, em S. Tirso, no dia 7 de Dezembro de 2011, durante todo o dia e no qual irei, junto com alguns agricultores, falar sobre quatro grandes fileiras estratégicas. Trata-se de um convite que nos foi endereçado pela Escola, Instituição com a qual eu e a Espaço Visual temos muita honra em colaborar, porque desde jovem tenho a opinião que é muito importante a formação escolar prática agrícola nos jovens que serão futuros técnicos superiores, quadros de explorações agrícolas, trabalhadores rurais e empresários agrícolas. Da minha experiência retiro que as explorações agrícolas mais rentáveis são aquelas que aliam melhor gestão a trabalhadores e quadros melhores qualificados para a agricultura.

Uma política agrícola precisa-se!

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2110901 Vale a pena ler esta notícia recente do JN e reflectir. Queremos ultrapassar a crise? Queremos reduzir o desemprego? Queremos mais competitividade na economia? Queremos mais exportações? A resposta é: reforçar os apoios à agricultura; apoiar os jovens agricultores; atrair jovens para a terra, incentivando-os a montar os seus próprios negócios.

Procura de terras para exploração agrícola

O leitor Filipe Pedro escreveu o seguinte: "como disse o marcio estou na mesma situaçao, estou com um projecto de apicultura em que o que me está a comer tempo e a cabeça é arranjar os terrenos, baldios na camara aqui da zona nem sabem dizer quem trata disso, particulares nem se sabe os donos e quem se sabe ou quer muito dinheiro ou tem medo que lhe roube o terreno, sou da zona de leiria, onde há matas nacionais, o interesse demonstrado vou tipo deixe ai um pedido por escrito e depois logo se ve, ou isso tem que ir aos chefes acima de mim mas agora ninguem sabe quem está a mandar porque o organigrama dos serviços está em reestruturaçao, enfim eu bem queria porque na area onde sempre trabalhei(construçao civil) foi chao que já deu uvas, mas aja paciência, para fazer um parcelário dos terrenos que tenho, aquilo ela mexe no rato e ando logo 100 metros para o lado, que a escala é dificil, assim como está a borucracia nunca mais arranco com o projecto... já agora nao sabia que ia dar n

kiwis nos Açores

O leitor Boa Fábio Silva, que vive na ilha do Pico perguntou: "Fico muito satisfeito por pelo menos uma pessoa poder prestar algum esclarecimento sobre o Kiwi, em especial aqui no arquipélago. Apesar do provavel potencial que a planta tem, ainda falta realizar muito trabalho. Sei que existem aqui na ilha, alguns particulares com a variedade Bruno e tal como refere tem uma excelente qualidade, no entanto é muito sensivel aos ventos mais fortes o que pode condicionar seriamente a produção. Relativamente a variedade amarela que refere não conheco, mas tenho plantados a título de experiência o kiwi jenny e alguns kiwinos. Gostaria de saber como é possivel comprar as plantas que refere. Obrigado, mais uma vez". 1. Há no serviço agrícola de S. Miguel um técnico que tem desenvolvido estudos, desde há muitos anos, sobre o kiwi Bruno. Recomendo que contate esses serviços. 2. Para comprar plantas de actinidea (plantas de kiwis) deve contatar a kiwi Greensun. 3. A cultura do kiwi nos Aç

Apoios e rentabilidade da cultura do kiwi

Nas duas últimas semanas houve um debate entre os leitores deste blogue sobre os apoios e rentabilidade na cultura do kiwi. Aqui está a minha opinião sobre este assunto: Os projetos de apoio à instalação de jovens agricultores na implantação de pomares de kiwis só apresentam rentabilidade para superfícies mínimas de quatro hectares ou muito próximas. Este número resulta do facto do custo de implantação de cada hectare de kiwis estar situado entre 30000 e 50000 euros, inclui a plantação (mobilização profunda, tração, mão-de-obra, plantas, estrutura de suporte e fertilizantes) os melhoramentos fundiários (terraplanagens, despedrega, drenagens, captação (poços ou furos), armazenamento (tanques ou charcas) e distribuição de água, construções (armazém de apoio) e equipamentos (sistema de rega por microaspersão ou microjet, trator e alfaias, etc.). As novas plantações só começam a produzir a partir do terceiro ano após a implantação e atingem a plena produção ao quinto ano (a conta de tesour

Apoios para a instalação de olival e azeite

Um leitor questionou os apoios para o olival e azeite. Para a instalação de olival, neste momento, só existem os apoios para a instalação do jovem agricultor: 40% de incentivo não reembolsável (INR) até 30000 euros para agricultor individual ou 40000 euros sociedade de jovens agricultores e 60% do investimento elegivel em INR para regiões desfavorecidas e 50% nas regiões favorecidas. Os apoios ao azeite encontram-se descritos em http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_ajudas/GC_vegetais/GC_azeite_R

Busca de terrenos para explorações agrícolas

Da minha experiência retenho que, a maioria dos jovens agricultores, demoram entre seis meses a dois anos a conseguirem os terrenos para instalarem as suas explorações agrícolas. Não esqueço dois ou três casos mais dramáticos de pessoas que tinham muito interesse na atividade agrícola e que nunca se instalaram porque não conseguiram a terra. Quem acompanha os comentários neste blogue verifica que há descrições de leitores que relatam as dificuldades que sentem, assim como o desgaste psicológico que acarreta, pois nunca há certezas se conseguem a terra para instalarem as suas explorações agrícolas. É um problema real que para a opinião pública e muitos dos responsáveis políticos não existe porque não conhecem o terreno. É por todas estas e outras razões que sou um defensor público do banco e bolsas de terras

Banco de Terras na TVI 24

http://www.tvi24.iol.pt/videos/pesquisa/Portugal+Portugu%C3%AAs/video/13517879/1 Pode visualizar neste link o programa da TVI 24 "Portugal Português" sobre o Banco de Terras. O canal fez o favor de me convidar, pelo que participei no programa com muito prazer. Divulgar a agricultura, as suas potencialidades, o negócio agrícola, os intrumentos de gestão para abraçar um projecto agrícola, mas também os seus riscos, é um dever de cidadania. É esse dever que cumpro com determinação, também escrevendo regularmente para os jornais ou participando em outros fóruns cívicos e comunicacionais. O Banco de Terras público é um tema aliciante e que tem tudo para alavancar a nossa agricultura e atrair jovens agricultores para o sector. Estou convencido que é pela agricultura que vai passar muito do futuro da nossa economia.

Apoiar os jovens agricultores

Amanhã, na TVI 24, pelas 15 horas, vou explicar porque é que defendo que o Banco de Terras é um projecto decisivo para a agricultura portuguesa e para a dinamização da nossa economia. Como está tudo ligado, julgo ser necessário lançar políticas que atraiam os jovens para a agricultura. Por isso, o Ministério devia canalizar uma verba a rondar os 300 milhões de euros, em dois anos, para ajudar à instalação de projectos de jovens agricultores. Com esta medida, o Governo português incentivava a entrada de 4 mil jovens agricultores a montar o seu próprio negócio, com as vantagens inerentes na dinamização da economia e na criação de emprego. Devo assinalar que a média comunitária de jovens agricultores, abaixo dos 35 anos, é de 5 por cento, enquanto que em Portugal apenas 2 por cento dos agricultores se situa entre aquela faixa etária.
O leitor Nuno Alves colocou o seguinte: 1 - Como estamos numa economia de mercado a solução é muito simples: definam um valor para as rendas e naturalmente as terras para o banco aparecerão.Se o valor das rendas for alto, terras não faltarão no banco de terras. Se o valor for baixo, o projecto não terá sucesso. É necessário equilibrio e ponderação. Arriscar-me-ia a avançar com um valor indicativo anual de 1.500 a 2.000 euros/ha para garantir o sucesso da iniciativa e com imensos ha de terra a aderir ao banco. Duvido é que apareçam muitos agricultores para trabalhar essas terras.Uma analogia, alguém por aqui está a pensar ceder gratuitamente algum apartamento para arrendamento?Cumprimentos,Nuno Alves 11 de Novembro de 2011 10:08 2 - Apenas para complementar o meu comentário anterior, que acho que o banco de terras é uma boa ideia e certamente poderá ser um meio para dinamizar a agricultura nacional, mas não é a solução para os problemas.Considero que o principal problema é o financiamen
O Semanário Vida Económica publicou hoje o seguinte artigo: Pôr ordem em casa José Martino (engenheiro agrónomo) josemartino.blogspot.com Tenho vindo a bater-me há muito tempo pelo pagamento atempado das ajudas aos agricultores portugueses. Nos últimos anos, o Estado português (leia-se Governo) não foi uma pessoa de bem. Os agricultores portugueses que precisavam das ajudas para poder financiar os seus projectos e com isso gerar riqueza e criar emprego foram deixados pendurados, entregues a si próprios. O resultados está à vista. O país está numa situação grave e de pré-falência. O curioso é que, de repente, todos começaram a ver na agricultura a solução para todos os problemas. Mais vale tarde que nunca. Se é certo que o sector agrícola não é uma “ilha”, faz parte da economia portuguesa e não é imune às circunstâncias de crise económico-financeira que a União Europeia atravessa, também é verdade que tem grandes potencialidades para desenvolver. Desde que o Estado (Governo) cumpra o se

Portugal Português

No próximo domingo, pelas 15h, irá para o ar o programa Portugal Português na TVI24 sobre "O banco de terras e a agricultura". Neste programa irei apresentar as minhas ideias sobre estes assuntos. É mais um contributo que faço para criar massa crítica sobre as agriculturas de Portugal. Por favor, vejam o programa e escrevam neste blogue as vossas opiniões. Agradeço antecipadamente a vossa participação.

Questões de um leitor

Um leitor anónimo escreveu o seguinte: "A questão é...a ministra Assunção Cristas lê este blog? Algum dos seus vários assessores de imprensa o faz e diz à ministra "realmente o Eng.ºJosé Martino tem boas ideias para melhorar o panorama agrícola nacional, deviamos fazer o que ele sugere"?...ou eles estão blindados ao que dizem as pessoas que realmente andam em campo e têm uma melhor noção das necessidades do sector? Quando falam em banco de terras para 2012 eu penso que, a ser...se for...deverá ser para 2014...com sorte.Entretanto os fundos do ProDer acabam e sem o banco de terras há quem não consiga arranjar terrenos e, por isso, deixe fugir a oportunidade de investimento que os fundos de apoio dão. Isto gera a não criação de emprego, logo, despesas para o estado. Gera mais importações e menos exportações, logo, mais despesas e menos proveitos para o país.As ajudas para os jovens agricultores espero sinceramente que não deixem de existir (mas temo-o), caso contrário está

As melhores atitudes para enfrentar a crise de Portugal

O eng. Vitor Monteiro deu a seguinte opinião relativamente ao meu último post: "Cada vez mais estou convencido que o Sócrates é que tinha razão ...A vinda do FMI foi um erro crasso que atirou o País para uma profunda recessão!A eventual saída do Euro seria a machadada final na nossa ténue/praticamente.nula credibilidade ...Se isto vier a acontecer ...QUEM SÃO OS CULPADOS ... ???O QUE LHES IRÁ ACONTECER ... ???" Comentário: 1 - Se Portugal não tivesse chegado a acordo com a troika, a qual inclui o FMI, como teriam sido pagas as pensões a partir do passado mês de Julho? Com que dinheiro se pagariam as importações de comida para não passarmos fome? Infelizmente, Portugal não teve escolha, ou aceitava as condições propostas ou a sua população passaria fome. Na minha opinião, a intervenção externa pecou por tardia. Pode-se verificar neste blogue a data em que escrevi sobre o assunto, bons meses antes do pedido de ajuda financeira internacional. 2 - A saída do euro será inevitável,

Medidas a aplicar na agricultura para evitar saída do euro em 2013

Acho que os portugueses não perceberam que têm de se tornar competitivos sob pena de Portugal no ano de 2013 ter que abandonar o euro, porque não haverá europa federalista que nos salve. Espero estar enganado na minha previsão! O que proponho que se faça na agricultura portuguesa para escaparmos deste desastre: 1 - Cadastro dos prédios rústicos a entregar com a declaração de IRS. Quem não declarar os prédios perde-os para o Estado português; 2 - Banco público de terras, com penalização de IMI para os proprietários que não aderirem - a implementar no 1.º trimestre de 2012; 3 - Ajudas para instalação de jovens agricultores a funcionar de forma contínua até 31 de Dezembro de 2013 (utilizar dinheiro de outras medidas/ações menos estratégicas para conseguir-se passar, nesse ano, de 2% para 5% de jovens na agricultura); 4 - Priorizar os investimentos agrícolas cujas produções sejam de curto prazo, 1 a 2 anos, para haver criação de riqueza e emprego nos anos de 2012 e 2013, de maior incidênci

Crise, uma maré de oportunidades!

Na minha atividade de negócios que desenvolvo diariamente, constato que os resultados da crise, no imediato, em 2012, irá traduzir-se na falência de maior número de empresas, face às previsões, o que quer dizer que o desmprego estará entre os 15 e os 18% e o crescimento será superior a -5%. Por outro lado, noto que há pessoas/empresários que reagem à crise atuando como maré de oportunidades, estudando novos negócios (elaborando o respetivo plano de negócios), constituindo empresas e investindo. Sei que esta "onda", na atualidade, é pequena", mas está a ganhar corpo e no final de 2013 notaremos uma grande transformação, para melhor, no tecido empresarial de Portugal

Opinião de uma leitora

Sara Silvestre fez no dia de hoje o seguinte comentário: Gostei do seu blog. Sou estudante do curso de Engenharia Alimentar e o seu blog considero-o bastante directo e crítico face ás questões agrícolas e agro-industriais. Gostei. Vou continuar a passar por aqui." Considerações: 1 - Gostava de ser "suficientemente remediado" para poder escrever de forma mais incisiva, direta e crítica sobre a realidade da agricultura e do mundo rural de Portugal. 2 - Em consciência, tento fazer o que está ao meu alcance contribuindo para melhorar este setor de atividade económica: a) SER MASSA CRÍTICA: escrever neste blog e nos jornais, participar em debates na rádio, televisão e sessões públicas, ter opinião crítica e atenta sobre a atualidade, mais importante conseguir ter ideias sobre a forma de fazer melhor, mais eficiente e eficaz b) EMPRESÀRIO AGRICOLA DE SUCESSO: desenvolver empresas na produção agrícola que dentro de dez anos sejam uma referência no país. c) TÉCNICO CREDENCIADO:

"Crédito Tipo Habitação" para a Agricultura

O Semanário Vida Económica publicou ontem o seguinte artigo: CGD ao serviço da economia José Martino (engenheiro agrónomo) Josemartino.blogspot.com É preciso colocar a Caixa Geral de Depósitos ao serviço da economia portuguesa, ao serviço de quem quer produzir, gerar riqueza e criar postos de trabalho. Uma das ferramentas essenciais para a implementação do banco de terras público é a criação de uma linha de crédito a exemplo do que sucede no crédito á habitação. Se eu pretendo comprar uma casa ou um apartamento, o banco pede-me um documento, neste caso o IRS, que comprove os meus rendimentos para me aprovar um empréstimo a 25/30 anos. Agora que o país precisa de produzir, porque é que não existe um mesmo princípio para comprar terras? Na minha opinião faz mais sentido emprestar para produzir bens transaccionáveis, para criar condições para que se possa produzir, dando como garantia o rendimento do trabalho, tal como na compra de uma casa – só que a casa não é um bem transaccionável, fi

Campanha da Colheita de Kiwis Ano 2011

Os frutos caraterizam-se por terem boa qualidade (os kiwis que amadurecem nos pomares são, já nesta altura, extremamente doces) embora o grau brix medido nos pomares apresenta maiores amplitudes do que nas colheitas dos últimos anos e a produção será quantitativamente, na minha opinião, 20 a 30% inferior, face a uma campanha normal (a maioria dos pomares não apresenta frutos junto aos braços). Já começaram as colheitas em todos os entrepostos e as notícias que me chegam apontam para produções inferiores em relação às previsões de colheita. O pico da colheita terá lugar nas próximas duas semanas

Quando estará a funcionar o banco público de terras?

Um leitor fez o seguinte comentário no post de esclarecimento sobre o banco de terras, quando for implementado pelo Ministério da Agricultura, terá a possibilidade de ceder terrenos para a apicultura: "Muito obrigado pela informação, sou da região de Aveiro e gostaria de saber qual o mecanismo para candidatar-me à utilização desses terrenos e dar andamento ao meu projecto de apicultura?" Comentários: 1 - A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, prometeu ontem, em entrevista à revista VISÃO, que o banco de terras avançará em 2012, daí que, se quiser aproveitar esta Instituição para conseguir terras, terá que aguardar por finais de 2012 ou 2013. 2 - Recomendo que faça contatos com proprietários da região onde se pretende instalar como jovem empresário agrícola para conseguir arrendar os terrenos que precisa para o seu investimento na apicultura. 3 - Se não andar rapidamente com a apresentação da candidatura, corre o risco de não conseguir obter subsídio para apoiar o seu in

Colheita de Kiwis

No próximo Sábado, dia 5 de Novembro de 2011, irei colher os kiwis da minha produção. Se alguém quiser comprovar como se realiza a colheita dos kiwis com a adequada logística e mecanização desta operação cultural pode -se inscrever no e-mail: jose.martino@iol.pt . A colheita terá lugar entre as 7 h e as 13h, no lugar da Agra, Covelo, Gondomar. Alguns dados sobre a operação cultural: - cerca de 35 colhedores - 4 tratores: 3 com reboques de colheita+1 com empilhador frontal - colheita para baldes, dos quais os kiwis serão despejados para paloxes de madeira e plástico com capacidade para 330 a 350 kg cada

continuação de esclarecimentos sobre investimentos de jovem agricultor

Um leitor a quem respondi às dúvidas num post do passado dia 1 de novembro de 2011, colocou os seguintes comentários: "Não será um tractor de 90 cv potente demais para oliveiras que nos proximos 15 anos não vão ter estrutura para aguentar a colhedora de azeiton? Na minha opinião 300 colmeias é muito mais que o suficiente para o projecto porque so o rendimento de 50 colmeias é 2500 por anos e o das oliveiras 700 euros por ano, mais os subsideos e apartir do 7 ano o rendimento das oliveiras novas vai aumentar exponencialmente devidoao crescimento das oliveiras." Achegas: 1 - O trator com a potência indicada é o adequado para o olival 2 - Os projetos agrícolas necessitam de dimensão minima para serem rentáveis. Uma coisa são as contas e o seu resultado teórico, outra coisa são os resultados reais: produzir e cobrar. Acho que 2500 euros + 700 euros anuais de rentabilidade são valores baixos, mesmo para atividades agrícolas que se desenvolvam em part time. 3 - Os projetos com dime

Palpites sobre aptidão cultural de herdade alentejana

Um leitor colocou a seguinte dúvida: "ola. eu tenho um terreno de 40h no alentejo e gostava de iniciar uma atividade agricola na herdade. Como nao tenho grande experiencia no ramo, gostava de saber quais as culturas que podem ser mais rentaveis?" Comentário: 1. Coloca-me uma questão que é impossivel de responder, pois faltam dados para dar um palpite. A situação ideal seria visitar a sua propriedade e fazer um diagnóstico "in locu" das suas condições de clima e solo e passar para a indicação das culturas mais rentáveis. 2. Se poder irrigar penso que as plantas aromáticas e medicinais podem ser uma opção (espero que os solos não sejam demasiado argilosos). 3. Se a sua herdade for de sequeiro tenho dúvidas sobre as atividades a instalar que sejam rentáveis porque tem uma dimensão reduzida para o efeito. Conclusão: nós, os agrónomos somos como os médicos: só fazemos diagnósticos corretos vendo e observando o doente (a propriedade)

Investimento de Jovem Agricultor

Dúvida colocada neste blogue: "Olá. Estou a pensar fazer um projecto agricola para instalação de jovem agricultor, o projecto é o seguinte: - plantação de 10 ha de olival em terreno que é actualmente mato preço: 25000 euros - 50 colmeias e equipamento de manutençãopreço: 9100 euros-tractor de 55 cv com reboque e escarificadorpreço: 24600 euros- vedação preço: 3500 euros- cerca de 100 oliveiras com 60 anos que tambem vão entrar no projectoinvestimento total: +/- 62 000 eurosa) como a maior parte do olival é novo a curto prazo não vai produzir quase nada, so as colmeis e as 100 oliveiras é que vão produzir.. como é que calculo a viabilidade ecónomica do projecto para saber se vale a pena candidatar-me?b) poderei tambem pedir apoio para tractor de de mais potencia 65 ou 70 cv, ou será o de 55 suficiente?" Comentários: - Parece-me muito baixo o investimento de 2500 euros por hetare de olival, tendo por base um terreno de mato. Devem faltar itens no investimento. - Acho que invest