Políticas de Nova Geração Para as Agriculturas de Portugal - Reformas no MInistério da Agricultura
Da sua vasta experiência de vida como agrónomo, consultor e
empresário agrícola acredita que a realidade das agriculturas de Portugal irá
mudar para melhor nos próximos anos? Pode ser mudada? O que defende ao nível
das ações para desenvolver as agriculturas de Portugal?
Comentários:
1. Quando se olha para a realidade das agriculturas de Portugal nos últimos 25 anos e se analisam os principais indicadores não se auguram grandes melhorias para os próximos 10 anos, mas sim, uma evolução na continuidade, aportação de grande quantitativo de recursos financeiros (800 M€ a 1100M€ / ano) para pequenas melhorias na balança do complexo agroalimentar, não se sabendo quando equilibrará (está com défice estrutural de 3800 M€), pequenos avanços positivos no rendimento liquido dos agricultores não se vislumbrando quando será fortemente positivo, etc.
1. Quando se olha para a realidade das agriculturas de Portugal nos últimos 25 anos e se analisam os principais indicadores não se auguram grandes melhorias para os próximos 10 anos, mas sim, uma evolução na continuidade, aportação de grande quantitativo de recursos financeiros (800 M€ a 1100M€ / ano) para pequenas melhorias na balança do complexo agroalimentar, não se sabendo quando equilibrará (está com défice estrutural de 3800 M€), pequenos avanços positivos no rendimento liquido dos agricultores não se vislumbrando quando será fortemente positivo, etc.
2. A realidade um pouco cinzenta indicada em 1. para o
futuro pode ser mudada com políticas de nova geração: novo modelo de atribuição
de ajudas, acabar com o modelo de dar dinheiro a todos para modelo que ajude a cumprir
objetivos de política, privilegiar os apoios aos jovens agricultores (todos os projetos
de jovens agricultores aprovados são financiados prever um orçamento muito
reforçado face ao do PDR2020 e em último caso, se for necessário, durante o
período temporal 2021-2027, encerrar outras medidas e ações para apoiar financeiramente
os jovens) atribuir ajudas aos promotores avaliados previamente como competentes
(estágio com tutoria durante 1 ano em exploração agrícola, parecer positivo do
tutor e chefe de exploração agrícola e exame oral público tendo como avaliadores
técnicos do ministério da agricultura), não apoiar financeiramente máquinas e equipamentos
de privados, mas sim, prestadores de serviços, priorizar os investimentos de
jovens e outros nas regiões muito deprimidas do interior. Modelo de ajudas ao
rendimento que estimulem as atividades rurais em lugar do absentismo atual,
terão de ser ajudas indexadas a produções de quantitativo e qualidade, mínimas
fixadas.
3. O que defendo? Mudanças na gestão do ministério da agricultura
com o objetivo de tramitar todos e cada um dos processos burocráticos dentro
dos prazos legais (este objetivo de política pode ser cumprido passados 2 anos
da sua assunção pública como prioridade. Numa primeira fase analisar onde não
se cumprem os prazos legais e se for necessário, legislar para os alargar e na
segunda fase, mudar o que for possível para se encurtarem) e avaliar o
ministério da agricultura, serviço a serviço, instituição tutelada a
instituição tutelada, com o objetivo avaliar o interesse público dos serviços
que prestam, analisar se possuem os meios financeiros, humanos e materiais para
o cumprimento dos seus objetivos e construir um ranking. Reforçar aqueles que
têm maior interesse público e fazer desaparecer os restantes. Esta reforma não
daria lugar a despedimentos porque todos os recursos humanos são necessários
para os serviços prestados pelo ministério da agricultura. Preconizo melhoria
na legislação e apoios para o cooperativismo e associativismo.
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