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Conselho para iniciar projecto agrícola

Boa Noite, Sr. Eng. José Martino, Sou um jovem de 33 anos, sem formação agrícola, mas que está empenhado em mudar de vida e iniciar um projecto agrícola e queria pedir-lhe a sua opinião e alguma orientação antes de avançar para algo mais concreto.  Passo a explicar a minha situação, os meus sogros têm um terreno no baixo Alentejo de 70ha com sobreiros plantados há cerca de 20 anos, o terreno tem uma barragem e na sua extensão passa  uma canal de rega aberto pertencente à associação de regentes mas que nós também temos acesso. Actualmente não se tira qualquer rendimento do terreno estando este sem qualquer tipo de tratamento, a terra não é gradada a poda das árvores não é feita e alguns sobreiros estão a secar.  Com estas condições gostaria de saber se existe alguma possibilidade de iniciar alguma actividade paralelamente aos sobreiros como por exemplo a criação de gado. Sabendo eu que o montado de Sobro é um investimento a longo prazo acho qu...

Artigo Publicado na Edição 300 da Gazeta Rural (revista publicada no dia de hoje)

Questões sobre a fileira dos vinhos do Dão* É meu objetivo no presente artigo contribuir para o debate e melhoria da massa critica na fileira dos vinhos do Dão. Na minha opinião e na qualidade de apreciador de vinhos, busco novas marcas, novas propostas, a região demarcada do Dão, pelas suas caraterísticas de solos, climas, castas e saber fazer dos seus players, viticultores, vinificadores e comercializadores, produz dos melhores vinhos de mesa de Portugal. A região tem potencial a longo prazo, para liderar de forma inequívoca, reconhecida, traduzida em prémios, comunicação, turismo, valor acrescentado, riqueza distribuída por toda a superfície regional, a liderança e o topo da qualidade fantástica dos vinhos de Portugal. É minha convicção quem produz uvas terá algumas dificuldades, pelo que, a 1.ª questão que coloco é sobre a rentabilidade da produção de uvas, ou seja, quem é exclusivamente produtor de uvas, o viticultor, a base da cadeia, tem a rentabilidade intrínseca para o ...

O que explorar nesta propriedade?

Boa tarde, Sr. Engenheiro José Martino, Sou um jovem de 30 anos, casado e recentemente adquirimos uma propriedade de 5 hectares localizada em ... para uma vida de autosuficiência|sustentável|ecológica. Temos poucas despesas. A propriedade já possui árvores de fruto e com uma produção que ultrapassa as necessidades do consumo familiar ( falo de maçãs bravo-esmolfe e focinho de burro, figos, azeite, ginjas e marmelos). Boa parte da propriedade não está aproveitada e tal dá-me alguma tristeza, pelo que penso torná-la rentável. O que explorar nesta propriedade? Não pretendo ganhar escala, mas sim ter algum rendimento familiar e evitar ter terra abandonada. A transformação de Ginja daria valor acrescentado?Explorar cultivares de fruta regionais? Tal seria motivo para candidatar-me a jovem agricultor?ou será um risco desnecessário tendo em conta a nossa realidade ( uma vida simples). A produção biológica seria a que mais se enquadra nos nossos valore...

A questão é: podemos ser todos empreendedores?

A resposta é não. Para se ser empreendedor é preciso ter perfil, o mínimo de capital para o efeito ou em sua substituição uma forte ambição ou eficiente e eficaz capacidade para fazer negócio (transformar produto ou serviço em dinheiro). Na verdade, há os que podem mas não sabem; há os que podem mas não querem; há os que não podem mas sabem e querem. São estes últimos que as Incubadoras devem apoiar no lançamento dos seus projetos agrícolas inovadores, criadores de emprego e riqueza, catapultando muitas vezes os parcos recursos próprios dos empreendedores. A banca deve olhar e apoiar de maneira diferente estes novos players que muitas vezes desesperam pelo apoio financeiro para as suas empresas “start up”. O que fazer para apoiar os empreendedores? Criar uma rede de incubadoras de base rural de cariz municipal que incluam bancos de terras (as Câmaras Municipais arrendam terras aos proprietários, garantem as rendas e disponibilizam por subarrendamento aos empreendedores) criar c...

Políticas de nova geração para as agriculturas de Portugal

1. Colocar mais 500 M€ no orçamento de Estado para 2018 com o objetivo de reforçar a componente nacional de apoio aos projetos de investimento na agricultura  e florestas o que iria desbloquear os atrasos nos pagamentos do PDR2020 em 2018 e financiar as medidas reforma da floresta (sem o reforço orçamental não haverá mudança estrutural).   Paralelamente negociar com Bruxelas que este valor não conte para efeito de défice excessivo. 2. Colocar em dia as análises, contratações e pagamentos das candidaturas de apoio ao investimento no âmbito do PDR 2020.     3. Numa altura de escassez das ajudas devem ser utlizados critérios de atribuição de ajudas públicas ao investimento que defendam os superiores interesses públicos de Portugal, critérios a majorar em próximos concursos: 1.º)  Privilegiar os jovens agricultores: todas as candidaturas de 1.ª instalação de jovens agricultores aprovadas, obrigatóriamente serão financiadas. 2.º) Prioridade d...

Negócio nas agriculturas de Portugal

Há um movimento positivo que consiste na melhoria dos negócios nas agriculturas de Portugal, uma maior empresarialização dos campos, uma mudança que se está a viver de forma não planeada e que vai ser estrutural a longo prazo para todos aqueles que conseguirem ao longo do tempo ter resultados que garantem a rentabilidade e sustentabilidade. Há empresários que, mesmo sem experiência, têm perfil para gerir negócios, conseguem avaliar pessoas de forma eficaz sejam colaboradores, fornecedores e clientes, têm competências para formar e gerir equipas, coragem, liderança, capacidade de risco, etc. e este portefólio de competências é o ponto determinante para o sucesso nos agronegócios.  As oportunidades que a agricultura está a gerar são muitas e diversificadas, há a possibilidade de organizar os pormenores das explorações agrícolas, de aprender a fazer bem ou muito bem, com todos aqueles que têm sucesso, há um conjunto de alguns produtores que no terreno são o exemplo acabado da...

O Rigor do Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos

Excerto da entrevista que o Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos concedeu à jornalista Teresa Costa do Dinheiro Vivo e publicada em https://www.dinheirovivo.pt/entrevistas/estao-em-curso-as-duas-maiores-reformas-que-o-pais-viveu-em-muitas-decadas/ no dia 19,08,2017, pelas 8:02h. .... Tenciona pedir mais dinheiro às Finanças para o orçamento agrícola de 2018? Em 2016 e 2017, o Ministério das Finanças e a Assembleia da República não negaram ao Ministério da Agricultura os meios necessários, e estou certo que assim será em 2018 e 2019. A primeira prioridade é a execução dos fundos comunitários, para que possamos mobilizá-los. No caso da agrícola, com cofinanciamento nacional, são cerca de 600 milhões de euros por ano, portanto, a minha primeira prioridade foi conseguir no orçamento de 2016 e 2017 os meios necessários para a contrapartida nacional que permitam a execução plena dos fundos comunitários. Consegui, em 2016, executar 100% da dotação anual do programa, te...