9.º Aniversário deste Blogue
Este foi o 1.º post que publiquei neste
blogue faz hoje 9 anos (12 fevereiro de 2008). Da leitura do post concluo que
se mantém integralmente atual!
O blogue atual, apesar da sua evolução com o passar do tempo, ainda
preserva os objetivos iniciais do seu lançamento:
1. Um espaço de discussão das agriculturas de Portugal nas redes sociais.
2. Uma das formas de serviço público que o cidadão José Martino encontrou
para promover o desenvolvimento económico e social de Portugal.
3. Instrumento de ajuda a quem se interessa pelas temáticas das
agriculturas ligadas ao mercado
A internacionalização da agricultura portuguesa
O desenvolvimento da agricultura portuguesa tem que passar pela internacionalização dos mercados dos seus produtos, sobretudo naqueles que têm condições edafoclimáticas mais ajustadas que permitam chegar a produtos com características diferenciadoras, melhor qualidade gustativa, cujas fileiras aliam competência técnica e gestão empresarial com organização, rentabilidade e competitividade.
Os mercados internacionais e, com maior preponderância, pela sua maior proximidade geográfica, o mercado espanhol, têm que assumir um peso determinante no escoamento das produções agrícolas portuguesas, sob pena de não se conseguir ultrapassar a diminuta dimensão do mercado nacional e sobretudo o nosso fraco poder de compra.
O valor acrescentado e a mais valia financeira ganhos pela qualidade dos produtos nos mercados internacionais são estratégicos para remunerar a fileira e dar um incentivo adicional à agro-indústria e produção para se especializarem, incorporarem mais inovação e trabalharem afincadamente na implementação dos factores diferenciadores.
A diminuição da pressão da oferta sobre o mercado nacional traz a vantagem adicional de se conseguir que a distribuição organizada, a qual domina o mercado em variados sectores, tenha que remunerar melhor os produtos portugueses caso estes não tenham outras alternativas no estrangeiro.
Esta nova visão dos mercados internacionais e em particular de Espanha corresponde a uma mudança de paradigma mental dos agricultores nacionais e da agro-indústria associada, a qual será, sobretudo, o resultado do processo da assumpção de que o espaço geográfico ibérico é o mercado natural dos produtos agrícolas portugueses.
O planeamento e a estratégia da produção têm que dar resposta para chegarmos e estarmos com as nossas marcas doze meses por ano nos mercados internacionais. Para tal vai ser necessário que as empresas portuguesas tenham explorações agrícolas no hemisfério sul para poderem tirar partido das produções em contra-estação.
O primeiro passo para abordar de forma sistemática e coerente a internacionalização da agricultura portuguesa passa pela elaboração dos Planos Estratégicos de Fileira, sub-fileira ou produto. São instrumentos privilegiados de diagnóstico, quer pela análise do "estado da arte" a nível global na sua vertente de "análise externa", quer ao nível de Portugal no capítulo da análise "interna". Por outro lado, definem e clarificam os objectivos atingir nos próximos seis anos, assim como traçam os respectivos planos de acção e conjugam-nos com os respectivos orçamentos de execução.
A "análise externa" resulta do conhecimento aprofundado do que se passa em todos os países produtores, independentemente de serem nossos concorrentes directos ou não. Desde a produção, à agro-indústria até aos mercados temos que trabalhar para possuir quer por pesquisa à distância, quer por cantacto directo, a informação actualizada e eficaz que mostre a realidade nua e crua com que os portugueses têm que se bater para conquistarem os mercados internacionais.
Temos que fazer o mesmo trabalho para Portugal ultrapassando as limitações que sempre apontamos de ausência de dados ou a sua fraca fiabilidade. Quando realmente queremos fazer bem e ter sucesso os resultados aparecem.
A discussão alargada do diagnóstico pelos membros de cada fileira é factor chave de sucesso para se traçarem os objectivos correctos e se apontarem as acções mais adequadas para que sejam atingidos.
O documento tem que fazer a orçamentação correcta, a identificação das fontes de financiamento das acções e a definição da estrutura/equipa responsáveis pela coordenação do Plano, para que a sua implementação venha a ser no futuro um caso de sucesso.
A fase seguinte passa por comunicar, de forma eficaz, as linhas mestras do Plano Estratégico de Fileira, quer para o interior da respectiva fileira, quer junto dos poderes públicos, tendo como objectivo fazer que a conjugação de esforços e a cooperação dos membros da fileira sejam efectivas, assim como na obtenção dos apoios financeiros adequados para se desenvolverem as acções que levem à conquista dos mercados internacionais.
Os mercados internacionais e, com maior preponderância, pela sua maior proximidade geográfica, o mercado espanhol, têm que assumir um peso determinante no escoamento das produções agrícolas portuguesas, sob pena de não se conseguir ultrapassar a diminuta dimensão do mercado nacional e sobretudo o nosso fraco poder de compra.
O valor acrescentado e a mais valia financeira ganhos pela qualidade dos produtos nos mercados internacionais são estratégicos para remunerar a fileira e dar um incentivo adicional à agro-indústria e produção para se especializarem, incorporarem mais inovação e trabalharem afincadamente na implementação dos factores diferenciadores.
A diminuição da pressão da oferta sobre o mercado nacional traz a vantagem adicional de se conseguir que a distribuição organizada, a qual domina o mercado em variados sectores, tenha que remunerar melhor os produtos portugueses caso estes não tenham outras alternativas no estrangeiro.
Esta nova visão dos mercados internacionais e em particular de Espanha corresponde a uma mudança de paradigma mental dos agricultores nacionais e da agro-indústria associada, a qual será, sobretudo, o resultado do processo da assumpção de que o espaço geográfico ibérico é o mercado natural dos produtos agrícolas portugueses.
O planeamento e a estratégia da produção têm que dar resposta para chegarmos e estarmos com as nossas marcas doze meses por ano nos mercados internacionais. Para tal vai ser necessário que as empresas portuguesas tenham explorações agrícolas no hemisfério sul para poderem tirar partido das produções em contra-estação.
O primeiro passo para abordar de forma sistemática e coerente a internacionalização da agricultura portuguesa passa pela elaboração dos Planos Estratégicos de Fileira, sub-fileira ou produto. São instrumentos privilegiados de diagnóstico, quer pela análise do "estado da arte" a nível global na sua vertente de "análise externa", quer ao nível de Portugal no capítulo da análise "interna". Por outro lado, definem e clarificam os objectivos atingir nos próximos seis anos, assim como traçam os respectivos planos de acção e conjugam-nos com os respectivos orçamentos de execução.
A "análise externa" resulta do conhecimento aprofundado do que se passa em todos os países produtores, independentemente de serem nossos concorrentes directos ou não. Desde a produção, à agro-indústria até aos mercados temos que trabalhar para possuir quer por pesquisa à distância, quer por cantacto directo, a informação actualizada e eficaz que mostre a realidade nua e crua com que os portugueses têm que se bater para conquistarem os mercados internacionais.
Temos que fazer o mesmo trabalho para Portugal ultrapassando as limitações que sempre apontamos de ausência de dados ou a sua fraca fiabilidade. Quando realmente queremos fazer bem e ter sucesso os resultados aparecem.
A discussão alargada do diagnóstico pelos membros de cada fileira é factor chave de sucesso para se traçarem os objectivos correctos e se apontarem as acções mais adequadas para que sejam atingidos.
O documento tem que fazer a orçamentação correcta, a identificação das fontes de financiamento das acções e a definição da estrutura/equipa responsáveis pela coordenação do Plano, para que a sua implementação venha a ser no futuro um caso de sucesso.
A fase seguinte passa por comunicar, de forma eficaz, as linhas mestras do Plano Estratégico de Fileira, quer para o interior da respectiva fileira, quer junto dos poderes públicos, tendo como objectivo fazer que a conjugação de esforços e a cooperação dos membros da fileira sejam efectivas, assim como na obtenção dos apoios financeiros adequados para se desenvolverem as acções que levem à conquista dos mercados internacionais.
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