JOSÉ MARTINO - 34 ANOS DE TRABALHO AGRONÓMICO E DE MELHORIA DAS REGIÕES DE BAIXA DENSIDADE

Comemoro hoje 34 anos de trabalho agronómico. Repito o texto de há 1 ano atrás com pequenos acertos

Sinto que ainda há muito a fazer nas agriculturas de Portugal, apesar dos muitos trabalhos, eventos, empresas, associações, etc. que desenvolvi ao longo dos meus 34 anos de trabalho agronómico no kiwi, pequenos frutos, frutos secos, empreendedorismo, negócios na agricultura, estratégias de desenvolvimento de regiões de baixa densidade bancos de terras, bolsas de terra, incubadoras de baixa densidade. 

Estou empenhado em fazer das agriculturas excelentes negócios quer para os que estão na atividade, quer para todos aqueles que a ela se querem instalar e dedicarem-se. A minha visão, experiência, conhecimento, abertura à inovação, organização das fileiras, permitem-me propor as estratégias adequadas e eficazes, as quais se podem  promover e que podem levar à criação de riqueza, emprego, valor acrescentado.

Acredito que as agriculturas de Portugal podem ajudar a chegar a país desenvolvido ao fim de uma década se houver liderança política e social que coloquem objetivos coletivos ao país (vale a pena ler o discurso de João Miguel Tavares no dia de Portugal de 2019 “Dêem-nos alguma coisa em que acreditar” (https://www.publico.pt/2019/06/10/politica/opiniao/deem-nos-alguma-coisa-em-que-acreditar-1875954) tirando partido dos cidadãos competentes, formados e capacitados, capital disponível, fatores de produção disponíveis e baratos, revolução tecnológica que está a iniciar-se e a transformar a economia e que desta vez Portugal pode abraçar sem atrasos, fatores estes que nunca foram tão favoráveis em nenhum período temporal ao longo dos muitos séculos da nossa vida coletiva. 

O que falta?
Visão coletiva, liderança com marcação de objetivos coletivos a cinco e dez anos, congregação de vontades para gerar massa critica que interrompa o ciclo de quase duzentos anos de autofagia política.

Como fazer?
Cada um de nós cidadão de Portugal tem de cumprir o seu destino de vida, fazer o que está ao seu alcance e cumprir a sua vocação, o seu desígnio de vida, tendo como objetivo lutar por atingir os seus ideais, melhorar as suas competências, subir na vida pessoal e cultural, consequentemente, gerar que a opinião pública tenha ideias claras sobre os caminhos  da vida coletiva que Portugal pode percorrer a 10 anos e onde pode chegar.

Aqui fica um resumo do meu contributo:
1 - A minha ação passa por conhecer o que de melhor se faz em Portugal e no estrangeiro, ao nível das tecnologias e metodologias de gestão agrícolas, e dá-lo a conhecer todos os empresários interessados. Neste sentido, promovi a organização de um vasto conjunto de eventos ao longo dos anos, com maior incidência nos últimos, e irei continuar na busca de inovação, muitos destes novos eventos  irão ser anunciados, quer neste blogue, quer no sítio na internet e facebook da Espaço Visual, quer no meu facebook pessoal

2 - Registo com agrado que neste último ano este blogue (está 11,5 anos de serviço à comunidade) continuou o seu papel de prestação de serviço público no esclarecimento de dúvidas de agricultores, empreendedores e outros interessados no mundo rural, turismo, etc.

3 – Batalho e dou o meu contributo para que as agriculturas de Portugal se desenvolvam e os agricultores sejam pessoas que tenham as suas atividades melhor remuneradas e maior prestigio dentro da sociedade portuguesa. Faço-o pelos artigos que escrevo para jornais nacionais, regionais, revistas técnicas e pela minha participação programas de televisão e rádio, bem como, conferências e workshops.

4- Sou um apaixonado pela fileira do kiwi, pequenos frutos, pistácio e frutos secos, e pelo mundo que as envolve, mas sou sobretudo um defensor dos agricultores profissionais que pagam com o seu esforço as limitações estruturais de uma atividade que os políticos pela sua inação e má gestão estratégica e operacional, relegaram para muito acessória na economia portuguesa.

5- Bato-me por um associativismo forte, organizado e eficaz como aquele que pratiquei enquanto presidente da direção da APK – Associação Portuguesa de Kiwicultores, na ação que tive no aparecimento da RefCast – Associação Portuguesa da Castanha, assim como por um Ministério da Agricultura que seja a fonte dos melhores quadros técnicos para conduzir e apoiar a liderança política de momento que é responsável democraticamente por gerir os destinos das agriculturas de Portugal (sou um feroz opositor da estratégia seguida por vários governos, há muitos anos a esta por parte, que são responsáveis pelo esvaziamento de técnicos, dirigentes e do património do Ministério e das Instituições por ele tuteladas).

6 - Resumo da minha atividade profissional:

Iniciou-se no dia de 1 de Setembro de 1986, primeiro dia de trabalho remunerado, como engenheiro agrónomo, a trabalhar na "FENAGRO - Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Aprovisionamento e Escoamento de Produtos, FCRL", tendo por base o apoio de um estágio ao abrigo do Programa "COOPEMPREGO" com o qual o Instituto António Sérgio apoiava a integração de Quadros nas Cooperativas (o setor cooperativo atual precisa de um programa especifico de apoios contemplando um dos eixos num Programa, espécie de Coopemprego ajustado à realidade do tempo atual). Nesses 6 meses de estágio e nos 2 anos seguintes na UCANORTE - União das Cooperativas do Noroeste, CRL, aprendi muito sobre o mundo das relações do trabalho, da realidade cooperativa na agricultura portuguesa, da sua importância estratégica e sobretudo, ganhei competências técnicas sedimentando as teorias que aprendi no Instituto Superior de Agronomia. Passei 6 dos melhores anos da minha vida na Kiwi Sol, fiquei a saber os custos pessoais, financeiros e sociais da montagem de uma empresa desde a concepção da ideia até à fase cruzeiro do negócio. E desde 1994 que fui free lancer na consultoria agro-rural e nele sou empresário. Desde esse ano e até abril de 2014, fui consultor da LIPOR na área da compostagem, colaborador de uma das pessoas mais fascinantes que conheci como estratega, inovador, político e líder empresarial, o Dr. Fernando Leite, o seu administrador-delegado (vale a pena analisar o sucesso da LIPOR ao longo de 37 anos, bem como as causas do seu pioneirismo). Fui e sou um agricultor. Nos últimos anos tenho apostado fortemente na atividade empresarial ligada à consultoria, formação profissional e serviços de contabilidade fiscal e de gestão para os agentes do mundo rural através da Espaço Visual, e Entidades Públicas e Associativas Regionais (Câmaras Municipais, Comunidades Intermunicipais, Associações) através da empresa de consultoria, Ruris Desenvolvimento  (O trabalho da equipa desta empresa está a fazer uma pequena revolução silenciosa que irá transformar as regiões de baixa densidade dentro de 10 anos).

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