Proposta de Nova Política Para o Associativismo Agroflorestal em Portugal
O Ministro da Agricultura afirmou no passado dia 14 de Fevereiro de 2011, na Maia, Sessão de Encerramento do Seminário sobre o “O Sector Agro-alimentar na Região Norte: Desafios e Oportunidades”, que existem em Portugal mais de oitocentas Associações de âmbito agro-florestal, que do sector hortofrutícola já recebeu cerca de 80 Organizações. Considerou que o número de Associações é excessivo e que deveria haver uma concentração no sector. Lembro que em 6 Maio de 2010, António Serrano, em Santarém, fez afirmações do mesmo tipo. Na minha opinião, acho que o Ministro está errado porque este tipo de Instituições existem por vontade dos seus associados, pelo que, não existe um número excessivo, mas pelo contrário, uma deficiente estruturação fruto da falta de cooperação intrínseca à cultura básica dos cidadãos portugueses.
O que pode fazer o Ministro António Serrano para modernizar o associativismo em Portugal?
Na minha opinião deve definir uma política moderna, eficaz na defesa dos interesses socioprofissionais dos agricultores, que rompa com a ambiguidade organizacional entre coloca no associativismo Entidades que desenvolvem actividade económica, que defina os critérios (representação, equipa técnica, serviços prestados, trabalhos desenvolvidos, etc.) para as associações serem reconhecidas como Entidades de interesse público e Parceiros Sociais, e que defina as regras do seu financiamento para a presente ou até ao fim da próxima legislatura (neste último caso objecto de negociação e consiga o acordo com partidos da oposição). Deve fazê-lo sem medo de enfrentar os fantasmas políticos de uma estruturação vigente que teve origem no PREC e se desenvolveu ao longo dos últimos 35 anos de democracia.
Publicada a legislação haveria lugar a um concurso público para as Associações se candidatarem ao estatuto de Parceiros do Ministério da Agricultura, Organizações que reconhecidas seriam os seus únicos interlocutores. Todas as restantes estariam integradas e seriam a base dos Parceiros Públicos.
Tenho a certeza que esta política funciona, que certamente não agrada a quem detém o poder porque lho diminui decorrente do desaparecimento da discricionariedade na decisão dos apoios. Caso não seja implementada pelo actual governo, certamente será um tema incontornável na agenda política do próximo governo de Portugal, pois trata-se de um instrumento fundamental na modernização da agricultura portuguesa e no combate à crise económica.
O que pode fazer o Ministro António Serrano para modernizar o associativismo em Portugal?
Na minha opinião deve definir uma política moderna, eficaz na defesa dos interesses socioprofissionais dos agricultores, que rompa com a ambiguidade organizacional entre coloca no associativismo Entidades que desenvolvem actividade económica, que defina os critérios (representação, equipa técnica, serviços prestados, trabalhos desenvolvidos, etc.) para as associações serem reconhecidas como Entidades de interesse público e Parceiros Sociais, e que defina as regras do seu financiamento para a presente ou até ao fim da próxima legislatura (neste último caso objecto de negociação e consiga o acordo com partidos da oposição). Deve fazê-lo sem medo de enfrentar os fantasmas políticos de uma estruturação vigente que teve origem no PREC e se desenvolveu ao longo dos últimos 35 anos de democracia.
Publicada a legislação haveria lugar a um concurso público para as Associações se candidatarem ao estatuto de Parceiros do Ministério da Agricultura, Organizações que reconhecidas seriam os seus únicos interlocutores. Todas as restantes estariam integradas e seriam a base dos Parceiros Públicos.
Tenho a certeza que esta política funciona, que certamente não agrada a quem detém o poder porque lho diminui decorrente do desaparecimento da discricionariedade na decisão dos apoios. Caso não seja implementada pelo actual governo, certamente será um tema incontornável na agenda política do próximo governo de Portugal, pois trata-se de um instrumento fundamental na modernização da agricultura portuguesa e no combate à crise económica.
Comentários
A realidade nua e crua ...
Em Portugal ...
Nenhum Governo Minoritário conseguirá fazer isso!
Nem que fosse liderado por Deus!
Vitor Monteiro
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Espero bem que tenha razão ...
Assim haja CORAGEM!
Vitor Monteiro
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