Agrovida 2015.09.04


Teresa Silveira (jornalista Vida Económica / Agrovida):

- Estando Portugal no arranque de um novo ciclo de apoios comunitários (Portugal 2020, PDR 2020, MAR 2020 e Horizonte 2020) e também prestes a arrancar para uma nova legislatura, qual é a marca que o próximo Governo tem obrigatoriamente de deixar na agricultura e no agroalimentar nos próximos 4 anos?

Portugal tem que mudar o seu modelo de desenvolvimento económico, o crescimento da economia tem que assentar na produção de bens transacionáveis para substituir importações e aumentar, alargar as exportações, tendo como princípio e base, o incremento do valor acrescentado, em detrimento do crescimento económico tendo por motor o consumo interno.

A liderança política da nova legislatura tem a responsabilidade de o fazer, mobilizando os portugueses, com especial incidência os empresários e todos aqueles que têm competências para novos empreendedores, para o potencial que temos na promoção de iniciativas empresariais e o orgulho de o fazer com sucesso. O governo tem que dar o exemplo e criar “moral” para o que pede aos portugueses os possa motivar e por isso, a reforma do Estado tem que avançar e passar pela racionalização dos serviços e pela sua gestão mais eficiente e eficaz. A agricultura e o agroalimentar têm que participar nesta estratégia, tornando mais eficaz a utilização dos fundos públicos disponíveis através da melhoria da competência dos seus agentes, primeiro, os empresários e depois, os trabalhadores.

A marca do próximo governo passa, tirando partido do novo ciclo de apoios comunitários, elevar a formação profissional a objetivo nacional para formar pelo menos 50% dos seus agentes (o governo tem que fazer do objetivo, cada português melhorar as suas competências profissionais, uma moda, tal como aconteceu na mobilização do povo japonês após a II Guerra Mundial).
O seu timbre será, manter o que está a funcionar bem e fazer intervenções, o mais pontuais possível, em tudo aquilo que seja preciso melhorar. A cereja no topo do bolo, será uma gestão mais eficaz em todos os serviços do Ministério da Agricultura, a qual passa sobretudo pela melhoria da gestão intermédia (exemplo, chefes de divisão e serviço, etc.) e uma mais eficaz cooperação entre serviços dos diversos Ministérios no que diz respeito a licenciamentos de atividades, devendo a liderança do acompanhamento dos processos nos diversos serviços, passar do proponente para o serviço agrícola ou doutro Ministério que faz a coordenação.

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