Proposta de políticas de apoio aos jovens agricultores
- Prioridade no acesso aos fundos públicos de apoio ao investimento no PDR 2020
- Sistema de apoio técnico no terreno através de OP’s e corpo técnico da AJAP
- Apoio de crédito de longo prazo e capital de risco – a banca comercial não tem como métier apoiar start up’s. Está a fazê-lo, na minha opinião com maior sucesso que o expectável e com taxa de sucesso muito acima do que acontece nas restantes áreas económicas e noutros países europeus (taxa de sucesso inferior a 50%). Os erros dos primeiros anos acarretam necessidades financeiras adicionais que devem ser diluídas no tempo porque a atividade agrícola não gera margem líquida compatível com prazos temporais curtos de amortização de crédito. Esta realidade implica ter capital de risco para apoiar as empresas dos jovens e crédito de longo prazo.
- Pacote de formação profissional para além da instalação de jovens agricultores e sobretudo, para os primeiros cinco anos após a instalação, no âmbito do controlo de gestão, seja na recolha e tratamento de dados, seja na integração de conhecimento de formação de equipas e gestão de pessoal, seja na melhor utilização do conhecimento técnico e tecnologias de produção/comunicação.
- Formação
de redes de cooperação tirando partido das tecnologias (na Nova Zelândia há
fóruns fechados de partilha e debate de técnicas culturais no âmbito da fileira
do kiwi, há partilha de pormenores de execução, resultados de pequenas
experiências, práticas e produtos alternativos, etc.).
- Estágios
formativos nacionais e internacionais – “aprender com as faturas dos outros”.
Tipo Erasmus para jovens agricultores.
- Jovem
apresenta o projeto tem um ano para estagiar num exploração, recebe o smn, tem
plano de estágio acompanhado pelo chefe de exploração, por um
técnico/empresário tutor e no final desse ano apresenta relatório de estágio e
presta provas públicas perante júri composto por técnicos, ministério da
agricultura, op’s e ajap.
Forte
campanha de promoção junto da opinião pública da atividade e interesse público
da atividade dos jovens agricultores seja no incremento da atividade económica,
seja no emprego, seja no desenvolvimento social em regiões fortemente
deprimidas económica e socialmente, seja na aplicação de novas tecnologias e
agricultura de precisão, etc. . Esta campanha pertence a cada um de nós,
cidadãos comuns, aos responsáveis associativos e políticos, desde a base até ao
topo, porque estamos a fazer história, pela primeira vez na história de
Portugal é prestigiante ser empresário agrícola, ser agricultor, ser player no
agronegócio. Não podemos deixar cair este processo que levou à agricultura
estar na moda, é cool estar ligado à agricultura. Temos de o alimentar, há
jovens a fazerem um trabalho brilhante, excelentes resultados em condições
difíceis por localização, por infraestruturas, por deficiências de capital.
Programa
específico de apoio aos jovens instalados há menos de 5 anos compreendendo
saneamento financeiro decorrente dos erros naturais da 1.ª instalação, mas
tendo por base prévia levantamento através de apoio de gestão e compromisso de formação
profissional (o apoio técnico deve funcionar com o esquema indicado acima).
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