Respostas à crise Covid-19: Promoção e comunicação do e no setor – Necessidade ou moda? Investimento ou custo?



Observações: campanha nacional de promoção dos produtos nacionais e campanhas setoriais e regionais – verbas comunitárias e do orçamento nacionais: fumeiro de Trás os Montes; Queijo da Serra; vinho do Douro, etc.
Forte aposta em campanhas de enoturismo, aldeias rurais, turismo Rural/Interior (o PM disse para fazer férias cá dentro), mais campo menos praia, etc…
a.       Necessidade porque é a principal estratégia para gerar valor acrescentado, é necessário contar a história da marca, produto, região
b.       Mostrar a importância do setor para a sociedade porque o setor precisa comunicar que não é subsídiodependente, pelo contrário, deveria comunicar à saciedade que necessita de ajudas porque a UE montou um sistema em que há canibalização de preços dos produtos agroalimentares porque as regras de jogo são um sistema alimentar low cost assente no mercado em que sobrevivência económica e financeira está assente a montante nos sistemas de produção com produtividades elevadíssimas junto com parâmetros de qualidade quase impossíveis de conseguir, resultantes da otimização da gestão dos fatores de produção e com forte impacto ambiental ou tem que ser injetado dinheiro público através de ajudas ao rendimento para que os produtores possam manter-se. Claro que mesmo este último teria de ser justo e equilibrado, está muito longe do sistema perfeito, o sistema de ajudas ao rendimento que existe faz a distribuição financeira em função do peso histórico de cada país, região, fileira ou lóbi.  Há várias maneiras para solucionar o problema, uma delas seria construir cadeias curtas de comercialização em que o consumidor pagasse os produtos com um valor que gerasse valor acrescentado para o produtor  complementados com os fundos públicos, provavelmente autárquicos, que ajudassem a equilibrar a conta de cultura e os custos da logística, uma outra maneira seria através da construção pelo sistema tecnológico e científico de modelos em que para cada caso a  sociedade pagasse os respetivos serviços públicos prestados pelos agricultores na preservação dos ecossistemas, paisagem, qualidade da água, imobilização de carbono na matéria orgânica, biodiversidade, etc.    
c.       Percebo a pergunta do ponto de vista comum: comunicar seria custo o que significa que o respetivo custo não é pago ou não gera valor acrescentado à atividade. Seria investimento se fosse rentável/amortizável. Darei uma resposta à consultor: Eu gostava que fosse um custo que tivesse condições de influenciar de imediato o negócio que toda a sua eficácia fosse toda traduzida nesse mesmo  ano com decorrente  margem bruta adequada para cobrir esse custo de comunicação, esta é a definição de custo do exercício económico. Na realidade os custos com a comunicação são um investimento porque são custos contínuos e persistentes na linha do tempo que se traduzem em resultados ao longo de vários anos e por outro lado, os respetivos valores terão de ser amortizados a longo prazo.

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