O Semanário Vida Económica publicou hoje o seguinte artigo:

Pôr ordem em casa
José Martino (engenheiro agrónomo)
josemartino.blogspot.com

Tenho vindo a bater-me há muito tempo pelo pagamento atempado das ajudas aos agricultores portugueses. Nos últimos anos, o Estado português (leia-se Governo) não foi uma pessoa de bem.
Os agricultores portugueses que precisavam das ajudas para poder financiar os seus projectos e com isso gerar riqueza e criar emprego foram deixados pendurados, entregues a si próprios.
O resultados está à vista. O país está numa situação grave e de pré-falência. O curioso é que, de repente, todos começaram a ver na agricultura a solução para todos os problemas. Mais vale tarde que nunca.
Se é certo que o sector agrícola não é uma “ilha”, faz parte da economia portuguesa e não é imune às circunstâncias de crise económico-financeira que a União Europeia atravessa, também é verdade que tem grandes potencialidades para desenvolver. Desde que o Estado (Governo) cumpra o seu papel.
Até aqui não tem cumprido. A actual ministra Assunção Cristas já demonstrou ter sensibilidade para a situação, dizendo que tudo está a ser feito para não ocorrerem mais devoluções de ajudas comunitárias a Bruxelas.
Quero acreditar na bondade das políticas que a ministra está a implementar, mas já fico mais preocupado quando a CAP vem criticar o atraso no pagamento das medidas agro-ambientais por parte do IFAP, lamentando que o Estado se atrase no cumprimento das suas obrigações numa altura de grande rigor financeiro.
A CAP aponta o dedo ao IFADAP, acusando-o incompetência e desrespeito pelos agricultores. Junto aqui a minha voz à da CAP e peço à senhora ministra para pôr ordem em casa. Os agricultores vão agradecer e a economia portuguesa vai ganhar.

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