Florestgal - A reforma florestal que nunca existiu
Eng.
José Martino, bom dia,
Fazia parte da reforma florestal do ministro Capoulas Santos, a maior
reforma florestal desde D. Dinis, nas palavras do ex-ministro, uma empresa do
Estado para gerir terrenos que no âmbito do cadastro
florestal não têm dono identificado, e comprar terrenos que possa gerir, para
posteriormente os colocar no mercado.
O responsável dessa empresa, Florestgal, deu recentemente uma entrevista à Lusa onde assumiu que a montanha pariu um rato: passado 1,5 anos desde a sua criação foi de preparação de um plano de negócios que permita à empresa ser viável, estando ainda a consolidar a sua própria equipa, irá arrendar terrenos em lugar de os comprar, tem neste momento intenções de gerir 300 há no Pinhal Interior, não tem dinheiro para comprar terrenos florestais, assumindo a mudança estratégica para arrendamentos de longo prazo, e que estão neste momento estão a trabalhar para chegarem a gerir 120 000 há de floresta em 2060, daqui a 40 anos, prevê arrendar e integrar terras sem dono na ordem de 3000 há de floresta por ano.
Acha que esta empresa irá produzir resultados que se possa considerar um instrumento da reforma florestal ou pelo contrário, algum responsável político com bom senso irá parar com o processo porque com a estratégia que está a seguir nunca será um exemplo de boa gestão florestal para os privados?
Qual a sua opinião sobre este assunto?
O responsável dessa empresa, Florestgal, deu recentemente uma entrevista à Lusa onde assumiu que a montanha pariu um rato: passado 1,5 anos desde a sua criação foi de preparação de um plano de negócios que permita à empresa ser viável, estando ainda a consolidar a sua própria equipa, irá arrendar terrenos em lugar de os comprar, tem neste momento intenções de gerir 300 há no Pinhal Interior, não tem dinheiro para comprar terrenos florestais, assumindo a mudança estratégica para arrendamentos de longo prazo, e que estão neste momento estão a trabalhar para chegarem a gerir 120 000 há de floresta em 2060, daqui a 40 anos, prevê arrendar e integrar terras sem dono na ordem de 3000 há de floresta por ano.
Acha que esta empresa irá produzir resultados que se possa considerar um instrumento da reforma florestal ou pelo contrário, algum responsável político com bom senso irá parar com o processo porque com a estratégia que está a seguir nunca será um exemplo de boa gestão florestal para os privados?
Qual a sua opinião sobre este assunto?
Comentários:
1. Na minha opinião, os negócios quer públicos, quer privados, para terem sucesso precisam reunir três condições: estratégia (plano de negócios) dinheiro e liderança.
1. Na minha opinião, os negócios quer públicos, quer privados, para terem sucesso precisam reunir três condições: estratégia (plano de negócios) dinheiro e liderança.
2. Pela entrevista que li do responsável da Florestgal à Lusa
não me parece que esta empresa reúna nenhuma das 3 condições indicadas em 1. Para
ter sucesso. Pelo que se depreende da entrevista o Plano de Negócios é limitado
porque não tem ambição para fazer uma intervenção musculada e em tempo útil (na
minha opinião, em 4 anos fazer boa gestão em 200 000 há de floresta). Defendo que no mínimo a empresa deveria ter 300
M€ de capital social para intervir em consonância com o que deveria ser o que
defendo como resultado e ambição para o seu Plano de Negócios. A liderança é
fraca porque o seu responsável deu uma entrevista à LUSA para tentar sobreviver
pessoalmente.
3. Na minha opinião, a reforma florestal irá ser enterrada com a
intervenção da política económica no pós covid-19, exceto se houver mortos por
fogos rurais neste ano de 2020. [JM1]
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