O que me leva a dar a cara para que a agricultura portuguesa se modernize
Escolhi o curso de Agronomia por vontade própria, contra a vontade da família, a qual pretendia que fosse médico (à época tinha notas para entrar em medicina) porque era a licenciatura que realiza a minha vocação. Temos um prazo de vida limitado e para mim, entendo que tenho uma missão a cumprir: fazer com que o mundo que deixar aos meus filhos seja melhor que aquele que os meus pais me deixaram.
Esta missão, “tipo catecismo” divide-se em áreas práticas, no denominado “como se faz”:
1- Ser um pai de família exemplar. Fazer o que seja necessário, diariamente, para que a minha mulher e os meus dois filhos, tenham tudo para serem felizes, mesmo que para tal tenha de fazer sacrifícios e “engolir o meu egoísmo”. A felicidade constrói-se trabalhando todos os dias, lutando para que aconteça, aceitando a realidade quando nem tudo corre como desejamos, mostrando o N/ contentamento mesmo que interiormente não tenhamos razões para tal, etc.
2 - Ser um profissional de referência. Penso que o consegui, quer como técnico de kiwis, quer como consultor em compostagem, quer como projectista, quer como dinamizador de processos de desenvolvimento rural, quer como dirigente associativo, etc.
3 -Construir empresas rentáveis onde os colaboradores se possam realizar, possam emitir opiniões diferentes da direcção, sem que tal situação lhes crie anti-corpos ou “perseguições”. Pretendo que sejam entidades que me pudessem realizar, caso fosse seu trabalhador. Quero ser líder pelo exemplo e competência, não pela posição/função que ocupo ou poder que detenho.
4 - Não aceitar que Portugal seja um país subdesenvolvido, sobretudo ao nível da agricultura. Para tal, tenho dedicado esforço e trabalho a ajudar a instalar jovens agricultores/agricultores, a montar-lhes as estratégias para que possam desenvolver as suas actividades com dimensão e sustentabilidade económica, estive na fundação e faço parte dos Órgãos Sociais da APK – Associação Portuguesa de Kiwicultores e da Associação dos Floricultores de Portugal, participei nas equipas técnicas que implementaram o Programa de Reconversão de Vinha em Castelo de Paiva e Guimarães e na Implantação de 130 hectares de kiwis na Região da Bairrada, etc. Cometi erros, participei em processos que não tiveram sucesso, mas nunca abdiquei de lutar, de promover novos projectos, tentando todos os dias fazer melhor que no dia anterior e sobretudo, aprender com os erros do passado.
5 – Cultivar ao longo dos anos uma atitude de “low profile”. Não era importante a minha pessoa, mas eram muito importantes os resultados dos trabalhos que desenvolvemos. Com esta atitude percebi, no ano passado, que a minha capacidade de influenciar os processos no sentido do “bem público”, da responsabilidade e liderança políticas, eram diminutas. Mudei de estratégia, para tal assumi fazer um blogue pessoal. Este processo teve um enorme custo, pois passei mais de um ano num processo interno muito duro, tive de me violentar e assumir o sacrifício pessoal de combater a rotina e assumir o hábito diário de passar a escrito as ideias que tenho ou que sumariamente me são dadas por outros. Consegui vencer. Há alguns meses que consegui dar vida a este blogue.
Pode este post parecer ingénuo, mas espelha quem sou, o que sinto e o que me leva, nesta altura, a dar a cara e a travar um combate político pelo desaparecimento da irresponsabilidade na gestão da agricultura portuguesa. É meu objectivo de vida deixar aos meus filhos um exemplo do qual se possam orgulhar. Assim Deus me ajude!
Esta missão, “tipo catecismo” divide-se em áreas práticas, no denominado “como se faz”:
1- Ser um pai de família exemplar. Fazer o que seja necessário, diariamente, para que a minha mulher e os meus dois filhos, tenham tudo para serem felizes, mesmo que para tal tenha de fazer sacrifícios e “engolir o meu egoísmo”. A felicidade constrói-se trabalhando todos os dias, lutando para que aconteça, aceitando a realidade quando nem tudo corre como desejamos, mostrando o N/ contentamento mesmo que interiormente não tenhamos razões para tal, etc.
2 - Ser um profissional de referência. Penso que o consegui, quer como técnico de kiwis, quer como consultor em compostagem, quer como projectista, quer como dinamizador de processos de desenvolvimento rural, quer como dirigente associativo, etc.
3 -Construir empresas rentáveis onde os colaboradores se possam realizar, possam emitir opiniões diferentes da direcção, sem que tal situação lhes crie anti-corpos ou “perseguições”. Pretendo que sejam entidades que me pudessem realizar, caso fosse seu trabalhador. Quero ser líder pelo exemplo e competência, não pela posição/função que ocupo ou poder que detenho.
4 - Não aceitar que Portugal seja um país subdesenvolvido, sobretudo ao nível da agricultura. Para tal, tenho dedicado esforço e trabalho a ajudar a instalar jovens agricultores/agricultores, a montar-lhes as estratégias para que possam desenvolver as suas actividades com dimensão e sustentabilidade económica, estive na fundação e faço parte dos Órgãos Sociais da APK – Associação Portuguesa de Kiwicultores e da Associação dos Floricultores de Portugal, participei nas equipas técnicas que implementaram o Programa de Reconversão de Vinha em Castelo de Paiva e Guimarães e na Implantação de 130 hectares de kiwis na Região da Bairrada, etc. Cometi erros, participei em processos que não tiveram sucesso, mas nunca abdiquei de lutar, de promover novos projectos, tentando todos os dias fazer melhor que no dia anterior e sobretudo, aprender com os erros do passado.
5 – Cultivar ao longo dos anos uma atitude de “low profile”. Não era importante a minha pessoa, mas eram muito importantes os resultados dos trabalhos que desenvolvemos. Com esta atitude percebi, no ano passado, que a minha capacidade de influenciar os processos no sentido do “bem público”, da responsabilidade e liderança políticas, eram diminutas. Mudei de estratégia, para tal assumi fazer um blogue pessoal. Este processo teve um enorme custo, pois passei mais de um ano num processo interno muito duro, tive de me violentar e assumir o sacrifício pessoal de combater a rotina e assumir o hábito diário de passar a escrito as ideias que tenho ou que sumariamente me são dadas por outros. Consegui vencer. Há alguns meses que consegui dar vida a este blogue.
Pode este post parecer ingénuo, mas espelha quem sou, o que sinto e o que me leva, nesta altura, a dar a cara e a travar um combate político pelo desaparecimento da irresponsabilidade na gestão da agricultura portuguesa. É meu objectivo de vida deixar aos meus filhos um exemplo do qual se possam orgulhar. Assim Deus me ajude!
Comentários
apesar da eventual ingenuidade ...
gostei bastante do post!
p.s - sabe dizer-me a que investimentos dizem respeito aquela tal verba, de 366 milhões de euros de apoios, referida pelo gabinete de imprensa do ministro da agricultura?
Cumprimentos
Alexandre
.
em relação ao Paulo Portas estou completamente em desacordo consigo ...
a) O Paulo Portas deve perceber tanto de agricultura como eu percebo de submarinos.
b) O Paulo Portas ( literalmente ) desbaratou uma quantidade astronómicamente megalómana de dinheiro em submarinos que em ( literalmente ) nada contribuirão para o desenvolvimento do País.
c) o CDS defende uma economia neo-liberal que estritamente aplicada à agricultura seria um desastre para o mundo rural.
Alexandre
.
Não será apenas necessario ter influencia no aparelho de estado, é necessario ter algum conhecimento, ideias, e caracter...
o Neo leberalismo do PP seria um desastre para o sector agricola, e o Paulo Portas, quer ser ministro de Estado, e não um ministro de trabalho, se é que me está a compreender...
Abraço
Gosto bastante deste forum, parabens!
Francisco Terra
franciscoterra1974@gmail.com
Falei hoje com um conhecedor profundo, desde 1994, do funcionamento do funcionamento do Ministério da Agricultura, dizia-me que o melhor Ministro foi, na sua opinião, o Carlos Costa Neves, pois apesar de pouco saber de agricultura, ouvia os especialistas e tomava decisões (salvaguardou que esteve no poder pouco tempo e daí, não ter sofrido o desgaste político que o tempo acarretou aos restantes). Daí que, quanto ao Paulo Portas, pode ser que se consiga "escrever direito por linhas tortas". Não sou fã da solução, porque acho que seria melhor para Portugal um governo de maioria absoluta. Este pode governar mal, mas governa. Um governo minoritário é como a ausência de gestão, ninguém toma decisões!Se o país se tornar ingovernável este regime cairá, tal como aconteceu no fim da Monarquia, da I República ou do Estado Novo.