Um superministério para quê?

Artigo que escrevi e que a Vida Económica publicou no dia de hoje:

Um superministério para quê?

O PSD, pela voz do seu líder,
Pedro Passos Coelho, já definiu o
tamanho do novo governo. Se o
PSD ganhar as eleições: 10 ministros.
Um dos ministérios integrará a
Agricultura, o Mar (Pescas) e o
Ordenamento do Território.
Trata-se de um superministério
e falta apenas saber
quem vai ser o superministro.
Mas as incertezas à volta deste
superministério não se resumem
a saber quem será o dono do
gabinete, a partir de 6 de Junho,
com sede no Terreiro do Paço.
O superministro terá um perfil
mais político ou mais técnico? E,
em exercício de funções, qual o
sector a que dará a prioridade da
sua atenção e das suas políticas:
agricultura, mar (pescas) ou
ordenamento do território?
É que, apesar de irem ficar
integrados no mesmo ministério
– se o PSD ganhar as eleições,
repito —, são sectores diferentes,
com problemas e soluções
diferentes. Pelo que, se calhar,
mais importante do que conhecer
quem vai ficar a liderar este
Ministério, um dos 10 que vão
compor a futuro governo de
Passos Coelho, se os eleitores
assim entenderem, será conhecer
os nomes dos secretários de
Estado que irão tutelar cada uma
das três pastas.
Donde, podemos já prever
que o superministro terá um
perfil eminentemente político.
Os secretário de estado é que
não se sabe. Seja como for,
deixo aqui um conselho ao
futuro superministro: aposte em
personalidades da sua inteira
confiança e que tenham já
trabalhado em conjunto.
Numa situação como esta,
a cooperação, a identidade
de objectivos, a lealdade são
aspectos essenciais a prosseguir.
A não acontecer isso, o governo
minimalista de Pedro Passos
Coelho pode ser um daqueles
casos em que se costuma dizer que
“de boas intenções está o Inferno
cheio”.

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