Crise na viticultura na Região Demarcada do Douro: o que pode o governo fazer?
O presidente da Câmara de Alijó e da Comunidade Intermunicipal do
Douro (CIM Douro), Artur Cascarejo, entregou ontem ao Presidente da República um documento que aborda os
problemas e propostas de soluções para ultrapassar a crise que afecta a
viticultura duriense e pediu-lhe ajuda, influência e esforço. Tenho pena que o conteúdo do documento não tenha sido tornado público para saber que tipo de medidas o autarca defende para defesa dos pequenos e médios viticultores da Região Demarcada do Douro. Cavaco Silva comprometeu-se a fazer chegar o documento ao poder executivo.
A questão que me assalta é a seguinte: O que é preciso fazer e o que deve melhorar na vitivinicultura douriense?
A questão que me assalta é a seguinte: O que é preciso fazer e o que deve melhorar na vitivinicultura douriense?
O negócio vitivinicola, quer no Douro, quer nas principais regiões vinhateiras no mundo, está a desenvolver-se de forma verticalizada, isto é, quem detém a comercialização está a controlar a produção assumindo economias de escala que tornam essas organizações mais competitivos. Assim sendo, deixam de ter interresse pelas uvas dos pequenos e médios viticultores liquidando as uvas com valores abaixo dos seus custos de produção.Na realidade é preciso colocar as cooperativas a cumprir com eficiência e eficácia o seu papel de valorizar as uvas dos viticultores
Por outro lado, é preciso exportar em maior quantidade os vinhos DOC Douro, dando-lhes valor acrescentado. Para tal objetivo é preciso mudar as mentalidades para imprimir dimensão e escala às empresas/cooperativas.
O vinho do Porto concorre em segmentos de mercado muito concorrenciais e agressivos do ponto de vista de marketing, cuja procura se encontra estagnada, precisa de se reinventar ou inovar como produto para incrementar a sua procura e o seu valor acrescentado. Se aumentarem os seus quantitativos de produção incrementará o risco financeiro de falência por parte das empresa exportadoras.
Tendo por base estas considerações, o que pode o governo fazer para resolver os graves problemas da viticultura na Região Demarcada do Douro?
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