Crédito Tipo Habitação para a Agricultura

O leitor Vitor Monteiro escrever o seguinte neste blogue:

"-) O Banco de Terras é positivo porque realmente facilita a instalação de novos agricultores.

-) Mas quem está em inicio de actividade na agricultura, além de terra, precisa de financiamento para os seus projectos.

-) Moral da Estória: por si só o Banco de Terras é pouco eficaz, é preciso também/simultâneamente resolver a questão do estrangulamento a nivel do Financiamento.

Só assim Portugal poderá efectivamente dar um ( salvo seja ) PASSO Agricola.

Nota - Não querendo ser chato: mas para o PASSO ser Largo e Sustentável precisamos, em simultâneo, resolver também a questão da CONFIANÇA.

Vitor Monteiro"

Comentários:

1 - Concordo com  o exposto, no entanto defendo que devemos colocar a bolsa de terras a funcionar de forma eficiente e eficaz (o governo não irá avançar com um banco de terras, não irá garantir a renda, nem prestar a garantia de devolver a terra ao proprietário, no final do prazo do arrendamento, pelo menos no mesmo estado de uso que a recebeu no inicio do contrato. Posteriormente, o Estado teria exigir ao arrendatário o valor que dispendesse nas garantias) e avançar para modelos que permitam aos jovens agricultores financiarem-se para além dos incentivos não reembolsáveis. Creio que esta tipologia de ajudas públicas mais consentâneas com quem se instala na agricultura irão ser implementadas no próximo quadro comunitário de apoio 2014-2020, nas ajudas para os jovens agricultores.

2 - Defendo que o governo deve avançar de imediato, através da CGD, o Estado é acionista único, com uma linha de crédito, tipo crédito á habitação, para ser atribuido será necessário o IRS da família para calcular a taxa de esforço e a hipoteca de um prédio rústico, com as mesmas condições, spread igual/equivalente  ao que é atribuido no crédito à habitação e um prazo de vigência de 20 a 40 anos. Este crédito pode ser utilizado na compra de terra, pagamentos de tornas a co-herdeiros e como quota parte de capital próprio nos investimentos de jovens agricultores que recorram á bolsa de terras para se instalarem, bem como a pequenos e médios agricultores.

3 - A proposta do crédito tipo habitação para a agricultura é perfeitamente exequivel e está ao alcance do governo ser atribuido porque não será dado qualquer subsídio ou incentivo não reembolsável.

4  - Parece-me uma metodologia financeira eficaz para complementar os incentivos não reembolsáveis dados pelo ProDeR porque gera maior reponsabilidade no utilizador dado tratar-se de um empréstimo em que o devedor tem pagar juros e fazer a amortização nas condições contratuais que são normais no mercado bancário, tem um preço de crédito muito competitivo ao nível das taxas  de juro e trata-se de um empréstimo com prazos longos que se adaptam à curva da produção e dos rendimentos brutos das atividades agrícolas.

5 - Na minha opinião, é um espécie de ovo de colombo, tira partido da experiência da banca na implementação do crédito á habitação, pode ser experimentado em pequena escala através da CGD, o risco na sua atribuição é diminuto porque os agricultores não querem perder as suasd propriedades agrícolas tal como acontece com as habitações.


 

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