Objectivos Importantes para a Política Agrícola Portuguesa para os Próximos 4 anos.

Na passada 6.ª Feira discutia com um Eminente político da N/ praça, experiente na condução e conhecimento da política agrícola portuguesa, o que deve ser esta política para os próximos anos. Explicava-lhe com entusiasmo as minhas ideias sobre os objectivos políticos principais, os mais importantes e que deveriam ser acautelados para os próximos quatro anos:1 – Garantir a contrapartida nacional para as ajudas europeias para que todos os cêntimos disponíveis para o Mundo Rural, nele sejam aplicados. Este ponto é tanto mais importante quanto Portugal tenha que cumprir o défice orçamental máximo de 3% (quando passar a crise nos principais países da União Europeia (2010) a Comissão vai exigir o cumprimento do défice e calculo que Portugal tenha que o fazer a partir de 2011). Este objectivo só será praticado se o programa eleitoral dos partidos do arco do poder, o contemplar decorrente de promessa eleitoral, pois vai ser necessário escolher entre investimento em obras públicas ou apoio ao investimento produtivo.2 – Fazer cumprir os prazos legais de tramitação de processos no Ministério da Agricultura, quer no que diz respeito a candidaturas, quer quanto a licenciamentos. Este objectivo daria confiança aos investidores, o que reforçaria o investimento no sector agro-florestal. Contribuiria para um Portugal mais desenvolvido.

A resposta que obtive deixou-me combalido, o 1.º objectivo não é de natureza política, mas sim de âmbito orçamental. O 2.º objectivo não é atingível excepto se de forma artificial se alargarem os prazos de tramitação. “Aliás, se analisar estes aspectos não são importantes para os portugueses”. Com esta resposta tive uma espécie de crise existencial: os meus amigos dizem que tenho jeito para a política. Este político afirmou que tenho as ideias desordenadas e de fraco valor político.

No passado Sábado o Jornal i trazia uma revista dominada “nós atrasados” é a décima de um projecto de 50 revistas do Jornal i sobre Portugal e os portugueses. Este documento faz uma radiografia sobre as causas da maioria dos portugueses nunca serem pontuais. Na parte final tem um capítulo denominado “O atraso português – nem sempre é horário – quase sempre banal, secular, e nem a Europa deu cabo dele”. Traz textos de Fernando Pessoa e Eça de Queiroz que elencam estas minhas preocupações já na 2.ª metade do século de XIX e 1.ª do século XX. Dei comigo a pensar que o problema existencial já é antigo, mas com estratégia, vontade e determinação sepode tornar Portugal um país desenvolvido e esta sina que nos persegue pode ser vencida neste inicio do século XXI.
Foto:FreeDigitalPhotos.net

Comentários

José Silva disse…
Pois é... temos tido várias demonstrações do que, sendo bom para os cidadãos, não é bom para os políticos no Governo.

Há que (tentar) acertar o passo entre os cidadãos e os governantes. Eles precisam de votos. Nós precisamos que eles nos levem a sério e nos ajudem.
Eu ainda não faço a mínima ideia de quem são os candidatos a Ministro da Agricultura. E esses candidatos deviam apresentar-nos atempadamente os seus programas.

Quanto ao nosso atraso, encontrei esta inicitiva, já em 2007:

http://www.meintegra.ics.uminho.pt/docs/ficheiros/APRENDER,_EMPREENDER,_FALHAR,_VENCER.pdf
José Martino disse…
Eng. José Silva,

Li com interesse o artigo que recomendou e penso que todos deveríamos seguir o que está lá indicado. Fazer um esforço enorme para aprender e inovar no dia a dia, pois temos que obter competências para melhorar a N/ podutividade pessoal. Pela minha parte, assumo desafios e obrigo os meus colaboradores a fazê-lo. Dou um exemplo: recentemente pedi aos membros da minha equipa na EV para que empreguem 15 minutos todos os dias para elaborarem um texto. HOje verifico que, no pouco tempo disponivel que temos, todos nós escrevemos melhor,com ideias bem estruturadas e com maior fluência!
José Martino disse…
Preconizo que quer o PS, quer o PSD deveriam indicar antes das eleições o seu Ministro da Agricultura e o respectivo Proegram de Governo. Desta forma os portugueses poderiam votar em consciência na melhor personalidade e programa que irá ser mais capar para defender os interesses de Portugal.

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