Orientação dos Kiwis de Portugal para Mercados Específicos

A fileira do kiwi tem vindo a tornar-se cada vez mais competitiva, no entanto, possui ainda algumas limitações, quer pela sua dimensão global, quer pela dimensão dos agentes de cada um dos seus segmentos, que a impedem de competir com base exclusiva no factor “preço” igual ou mais baixo que apresentam os principais produtores mundiais (Nova Zelândia, Itália, Chile e França).

Assim para cada tipo de kiwi (pequeno, médio ou grande) Portugal tem que procurar mercados que lhes dêem valor acrescentado o qual possa suportar os sobrecustos que a nossa fileira possui. A exportação terá que ser responsável em 2013 pelo escoamento de 50% da produção nacional. O mercado espanhol aparece como o principal destino dos kiwis de alta qualidade de calibre acima das 120 gramas por fruto. Para os frutos entre as 90 e as 120 gramas de peso médio, que nesta altura têm excelente mercado em Portugal, terão de ser encontrados mercados alternativos tendo em conta a subida da oferta que se avizinha para os próximos anos. Os calibres abaixo das 90 gramas de peso médio por fruto necessitarão incrementar o seu escoamento nos mercados dos países do centro e norte da Europa.


Comentários

Anónimo disse…
Mudando um pouco a direcção da nossa "discussão":

Eu acho que no geral o PRODER é bom, a ideia da criação de fileiras estratégicas contribuirá inevitavelmente para a melhoria e competetividade da nossa agricultura. Mas como não podia deixar de ser existem algumas falhas.

Acho que os agricultores portugueses são os mais velhos da União Europeia, e provavelmente aqueles com menos espirito empresarial. Apesar disso, e por mais inacreditável que pareça, não existe nenhum apoio para a criação de microempresas agrícolas.

Existe uma acção própria para a criação ( de raiz ) de microempresas, mas são excluídos os CAEs das actividades agrícolas.

Além disso, os apoios de todas as acções da medida 1.1 ( Inovação e Desenvolvimento Empresarial ) partem do pressuposto de que já existe uma exploração/empresa agricola. Até se chega ao ridiculo de exigir na acção 1.1.3 que os Jovens agricultores se tenham instalado nos 6 meses anteriores à entrega do Pedido de Apoio.
Porque raio de estranha razão não se poderão instalar depois da entrega da candidatura ... ???
Pois se têm 36 meses para poder fazer a formação!

É assim que querem fazer a renovação dos "actores principais" da nossa agricultura ... ???


Alexandre
José Silva disse…
Só falta dizer abertamente quais as razões que levam a formular a exigência de um mínimo de 6 meses de instalação antes de apresentar a candidatura. Não me parece que isso seja um (grande) obstáculo.
José Silva disse…
Produzir vs Comercializar

Bem, no caso em causa dos calibres abaixo dos 90 gramas, é mais difícil produzi-los ou comercializá-los (com valor acrescentado que suporte os sobrecustos da fileira)?

Estão em causa factores que é preciso elencar e optimizar: os sobrecustos (da produção?) e as subcapacidades (da comercialização?).

Creio que é necessário assumir a "fileira/subfileira?" como um todo, de ponta a ponta (terreno>rega>adubos>armazenamento>embalagem>transporte>venda>mercado) e optimizar todas as etapas.

Antes de chegar aos 50% de exportação em 2013 é preciso planear e atingir níveis intermédios para 2010>2011>2012.
Anónimo disse…
vão-me ( ou não? ) desculpar a frontalidade ...

A verdade é que já passaram 3 Quadros Comunitários, gastaram-se milhões e milhões de Euros, e os resultados foram praticamente nulos.

literalmente ...
desbarataram-se catrefadas de dinheiro!

e não me venham com estórias da carochinha ...
foram os agricultores que utilizaram o dinheiro, não foram os politicos.

numa lógica de continuidade, não há nenhum problema em exigir que os Jovens Agricultores se instalem 6 meses antes da data da candidatura.
numa lógica de mudança, é uma perfeita estupidez exigir que os Jovens Agricultores se instalem nos 6 meses antes da candidatura.

mas de longe, o maior problema é a total falta de apoio à criação de microempresas agrícolas ...

Alexandre
José Silva disse…
Com tanta frontalidade (estórias da carochina, perfeita estupidez, resultados nulos) está tudo (des)dito e a inteligência anda tresmalhada.

Não creio que seja por 'perfeita estupidez' que se fazem certas exigências.
Anónimo disse…
1 - não o conheço de nenhum lado nem espero vir a ter tal desprazer.

2 - Os Jovens Agricultores só podem fazer a formação até 36 meses depois do contrato porque isso é uma exigência Comunitária
( se fosse pelo nosso status, provavelmente só poderiam concorrer os amiguinhos ... olha! ... dos amiguinhos ).

3 - só alguma inteligência tresmalhada não consegue ver o alcance desta medida.

4 - quem conseguiu impingir ao Ministério a estupidez da exigência da instalação nos 6 meses anteriores à data da candidatura?
o lobby dos silvas?

5 - Essa exigência está em contradição com o espirito da legislação Comunitária, que é de tornar mais facil a instalação dos Jovens Agricultores.
a contradição é tão vincada, que está no limite da legalidade.

É MAIS DO QUE ÓBVIO ... ESSA EXIGÊNCIA SÓ PROTEGE OS INTERESSES/SILVAS INSTALADOS ... !!!

MAS INFELIZMENTE NÃO PROTEGE NEM UM POUCO OS MAIS ALTOS INTERESSES DA NOSSA AGRICULTURA ... !!!
.
José Silva disse…
Fica bem à vista o que é entendido por 'frontalidade' e os 'resultados' que 'produz'.

O referido 'lobby' (mesmo conhecendo o 'Anónimo' Alexandre)abstem-se de comentar questões sem fundamento.

Parece mais adequado procurar apoio (ou desabafar?) em sede privilegiada:

http://www.ajap.pt/id.asp?id=s1p
http://www.proder.pt/PresentationLayer/conteudo.aspx?menuid=532&exmenuid=575
Anónimo disse…
.
mantenho e refirmo tudo o que disse, mas visto que o politicamte pouco correcto o incomoda tanto, substitua-se o termo "estupidez" por "disparate".
mas, como é óbvio, isso não altera em nada o conteúdo do que foi dito.

questões sem fundamento ... ???
essa é boa, estamos a falar de pequenas coisas que podiam fazer muita diferença.
mas também é óbvio, até para o senso comum, que os Guardiães do Templo tentarão afastar os "outsiders" por todos os meios ...

não sei o que pensa a AJAP desta situação nem me vou "chatear" para saber.
quanto ao "PRODER" as coisas são muito simples: Lei do menor esforço.
a instalação dos Jovens Agricultores depois da entrega da candidatura seria mais trabalhosa para eles em termos de controlos administrativos. E eles não se estão para "chatear".

a minha inteligência tresmalhada não consegue atingir o alcance da frase: « ( mesmo conhecendo o 'Anónimo' Alexandre ) ».
fazia-me o favor de traduzi-la por miúdos?
.
Anónimo disse…
.
modéstias à parte ...
ultimamente não tenho tido grandes razões de queixa da minha intuição!

este Mundo é relmente muito pequeno ...
como tem passado Sr José Silva da APK?
.
Anónimo disse…
Anónimo disse...
1 - não o conheço de nenhum lado nem espero vir a ter tal desprazer
.

Anónimo disse...
quem conseguiu impingir ao Ministério a estupidez da exigência da instalação nos 6 meses anteriores à data da candidatura?
o lobby dos silvas?


Anónimo disse...
modéstias à parte ...
ultimamente não tenho tido grandes razões de queixa da minha intuição!


Gaba-te 'cesta-rota' (digo eu)
que amanhã vais à vindima (diz o povo)

http://mesadocafe.blogspot.com/2007/02/coisas-do-car.html

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