Agriculturas de Portugal - Estrangulamentos ao Desenvolvimento
Eng. José Martino,
Mais poderia escrever, fica para outra oportunidade.
Quais são os principais
estrangulamentos ao desenvolvimento das agriculturas de Portugal?
Por favor não deixe de escrever
no seu blog porque é um dos poucos sítios na internet onde aprendo
efetivamente.
Atentamente,
Comentários:
1. As agriculturas de Portugal
têm como principais estrangulamentos;
a) Deficiente gestão por parte
dos agricultores/empresários, decorrente, quer da respetiva falta de formação
para a função, quer da falta de rigor e disciplina na gestão (não elaboram planos
de negócio com objetivos, ações e meios, bem como, não fazem gestão por orçamento);
b) Políticas públicas
deficientes e mal estruturadas sobretudo no que diz respeito:
- Ausência de objetivos a atingir pelas agriculturas de Portugal na legislatura (2023 e a 10 anos) sobretudo no que diz respeito ao valor do PIB agrícola, valor da balança do complexo agroalimentar, percentagem de jovens agricultores nos dirigentes de explorações agrícolas, etc.;
- Ausência de objetivos a atingir pelas agriculturas de Portugal na legislatura (2023 e a 10 anos) sobretudo no que diz respeito ao valor do PIB agrícola, valor da balança do complexo agroalimentar, percentagem de jovens agricultores nos dirigentes de explorações agrícolas, etc.;
- À dimensão das explorações agrícolas e florestais, reduzida
dimensão face à escala que ajudaria a melhorar os resultados económicos e
financeiros, melhoria da competitividade intrínseca à própria exploração e ao
mesmo tempo ao nível da fileira;
- Rejuvenescimento do escalão etário dos agricultores devido ao reduzido
número de jovens agricultores que se instalaram na atividade;
- Formação profissional deficiente no desenho e apoios financeiros,
seja ao nível dos agricultores/empresários, seja para operadores especializados,
seja na mão de obra especializada;
- Modelo de ajudas públicas ao investimento obsoleto, assente no
princípio de das dinheiro a todos, quando deveria ter por base, incentivar os
agentes que estivessem em linha com os objetivos da política pública (apoiar a instalação
de jovens agricultores; apoiar investimento nas regiões geográficas mais deprimidas
económica e social; apoiar as fileiras mais competitivas por adaptação a solos,
climas, mercados, as quais promovam exportações ou substituições de importações);
- Sistema cooperativo no que diz respeito à limitação de mandatos
(máximo 10 anos) participação e poder de votos dos cooperantes (o número de
votos de cada cooperador deve ter em conta o contributo quantitativo das respetivas
produções para o global da cooperativa, em lugar de 1 cooperante 1 voto) ajudas
públicas específicas de apoio ao investimento e funcionamento tendo em conta
que as cooperativas colocam no mercado diminutas quantidades de produto dos
microprodutores o que acarreta custos administrativos e financeiros acrescidos
face a outros agentes económicos não cooperativos, da mesmo atividade;
- Sistema associativo com perpetuação temporal dos seus dirigentes,
sendo entidades muito dependentes dos dinheiros públicos porque não se
financiam nas quotas dos seus associados, nem lhes prestam serviços diferenciadores;
- Deficiente rede de regadios públicos, bem como, más regras para exploração
e gestão dos regadios existentes;
- Defesa do solo e combate à sua desertificação.
c) Sociedade portuguesa está pouco informada sobre a importância
das suas agriculturas para que os seus cidadãos tenham alta qualidade de vida e um elevado
desenvolvimento económico.
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