Até onde Portugal deve ir na Produção de Cereais?

O Diário de Notícias de 24 Maio último em artigo com o título “Silos da ex-EPAC vão ser reserva nacional de cereais”, diz em “caixa” que “…o país consome anualmente 4 milhões de toneladas e importa 80%. Os elevados custos de produção e as “condições adversas” de mercado têm conduzido ao abandono das explorações: a área semeada de trigo caiu 42 mil hectares este ano, menos 65% face a 2005. O reaproveitamento dos silos da ex-EPAC ajudará a minimizar a dependência face ao exterior”.

Não consigo vislumbrar como as estruturas de armazenamento irão baixar os custos de produção ou melhorar a produtividade das searas, que são os principais estrangulamentos à produção de cereais em Portugal, pois o seu preço está liberalizado, isto é, o valor de aquisição dos cerais pela indústria será o do mercado mundial acrescido dos custos com transporte e armazenamento.

Na minha opinião, o Ministério da Agricultura deveria publicar um estudo das áreas de solos portugueses com aptidão para a produção de cereais a preços competitivos face ao mercado mundial. A partir deste patamar Portugal deveria promover as exportações dos produtos onde somos competitivos (hortofrutícolas, vinho, azeite, etc.) e utilizar estes recursos financeiros para comprar cereais. Esta é a solução mais barata e realista para Portugal debelar o seu défice, não vale a pena insistir em produções não competitivas porque estamos integrados no espaço Económico da União Europeia e Euro, as N/ reservas alimentares têm que ser equacionadas a esse nível e por último, estamos a chegar à conclusão que são os portugueses que irão pagar a conta das artificialidades das políticas económicas e agrícolas das últimas dezenas de anos. Faço votos para que o bom senso impere. A bem de Portugal!

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