Eurostat confirma a crise na agricultura portuguesa

Segundo o Eurostat, Portugal tinha em 2009 344000 pessoas que trabalhavam na agricultura. No período 2000 a 2009 perdeu 31,6% de trabalhadores na agricultura. Quanto a rendimento real por activo teve uma quebra de 3,8% quando se compara o ano de 2009 com o de 2008 e para o mesmo índice um aumento de 4,9%, quando se compara o ano de 2009 com o de 2000. Conclusão, numa década (2000 a 2009), se não tivesse saído da agricultura cerca de um terço dos seus activos o rendimento por activo teria caído mais de 25%.

Esta realidade merece reflexão de todos nós, mas sobretudo dos responsáveis intermédios e de topo do Ministério da Agricultura, porque Portugal precisa de uma nova política para a sua agricultura, a qual tem que ser muito mais que a aplicação da PAC em Portugal, quer a presente, quer a pós 2013 (aplicaram-se milhões de euros em Portugal e a N/ agricultura continua inexoravelmente a caminho do abismo).

Que nova política agrícola deveria ser implementada?
Qual a V/ opinião sobre este assunto?

Comentários

Anónimo disse…
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Os ultimos ( 12 ) Países a entrarem na UE, no geral, são aqueles que de longe apresentam melhores resultados agricolas ...
Em pouco tempo Portugal será ultrapasado por todos eles nos indices económicos em geral, e agricolas em particular.

Todos eles têm pessoas mais qualificadas do que Portugal, nós poderiamos tirar vantagem a nivel da qualidade de infra-estruturas ...
Mas agora parece que vão parar quase todas as Grandes obras publicas!

Deixo aqui o meu humilde contributo com vista à solução desta quadratura do circulo ...
INVESTIMENTO DE QUALIDADE!

P.S - Bem sei que não foi grande contributo, mas foi o que eu consegui arranjar.


Vitor Monteiro
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José Silva disse…
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..
Ficam algumas dúvidas:
- Por que, numa década, saíram 158 900 trabalhadores da agricultura?
- Se não saíssem, a produção teria sido a mesma?
- Enquanto recebemos apoios financeiros da UE, temos que alinhar na PAC?
- Se a PAC não se considera adequada para o presente/futuro e vai ser revista, quem poderia ter 'fugido' aos seus efeitos?
- Quem vai definir essa 'nova' política para Portugal? Quando será aplicada e quando surgirão os resultados?
- Nos recentes programas partidários, o que poderá ser aproveitado como 'receita' para a desejada 'quadratura do círculo'?

PS - «... Por outro lado, serão orientados os incentivos ao associativismo agrícola, visando conceder prioridade à concentração da oferta, ao agrupamento de produtores agrícolas e ao associativismo de carácter inter-profissional, nas diversas fileiras prioritárias.

Na revisão das perspectivas financeiras e discussão da futura PAC, para depois de 2013, o Governo assumirá a defesa intransigente de uma politica agrícola verdadeiramente comunitária: mais justa e equitativa entre agricultores, regiões e Estados membros e mais amiga do ambiente.»

PSD - «... Os grandes objectivos do novo modelo económico são a criação de emprego, a retoma do crescimento e a rota de convergência com a União Europeia.
A política económica tem, pois, de se orientar para o investimento privado - nacional e estrangeiro - as exportações, a competitividade e a empregabilidade, designadamente, através de uma atenção preferencial ao mundo das pequenas e médias empresas.

A política económica terá ainda de dar prioridade à agricultura, que este Governo desprezou sem dó nem piedade e que está sujeita aos maiores desafios no quadro da previsível reforma da Política Agrícola Comum.
A valorização dos recursos marítimos, florestais e turísticos serão bandeiras distintivas da visão económica do PSD.»
José Silva disse…
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Um esclarecimento:

180 PRODUTORES AÇORIANOS ABANDONAM ACTIVIDADE
Cerca de 180 produtores de leite dos Açores abandonam a actividade com o início de uma nova campanha
leiteira, recebendo compensações que ascendem a quatro milhões de euros pela alienação das quotas, no quadro de uma operação de resgate leiteiro promovido pelo governo regional.
Para o presidente da Associação Agrícola de S.Miguel, esta medida permite aos pequenos produtores
«evitar a falência e retirar-se com dignidade», contribuindo ainda para «melhorar as condições» dos produtores que permanecem em actividade.
Nos últimos dez anos, as três operações de resgate promovidas pelo executivo açoriano traduziram-
se numa redução de cerca de 700 activos afectos à produção leiteira, salientou Jorge Rita.
Nesse sentido, o presidente da AASM frisou que estas intervenções permitiram o reforço dos direitos
de produção atribuídos a outros lavradores e uma melhoria no dimensionamento das explorações, com benefícios para a respectiva rentabilidade.
Apesar da perda de activos, a produção leiteira dos Açores tem vindo a crescer nos últimos anos, correspondendo actualmente a mais de um quarto da produção nacional.
Informação ANIL

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