Um exemplo francês do trabalho político do que deveria ser realizado pelo 1.º Ministro ou Ministro da Agricultura

P. F. consultem: http://www.agrodigital.com//PlArtStd.asp?CodArt=70710.

Na minha opinião, este caso é um dos exemplos concretos do que deveria ser feito em Portugal para melhor defesa dos seus produtores de hortofrutícolas e agricultores em geral.

Será que temos políticos com vontade e sem limitações de interesses para resolverem os problemas efectivos dos agricultores?

Comentários

Anónimo disse…
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Acho que se está a esquecer de um "pormaior" muitíssimo importante ...
CORAGEM!

Coisa que me parece que o actual Ministro começa a dar sinais de não ter ...
E quando pegarem no braço do Ministro, os interesses instalados nunca mais o largarão!

Nestas coisas os interesses instalados são bem piores do que os animais ...
Quando farejam o medo caem implacavelmente em cima da vitima!


Vitor Monteiro
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José Martino disse…
Concordo que a coragem é determinante para os bons resultados na actividade política!
Anónimo disse…
Tradução da notícia sobre o mesmo assunto publicada no Le France Agrícole: http://anilact.pt/content/view/2221/1/
Efectivamente, o enfoque tem que ser dado à questão da coragem!
Em economias de mercado, a rentabilidade das fileiras depende da comercialização dos produtos e dos preços de mercado.
Um Ministro da Agricultura não é (ainda) um mero gestor de fundos europeus (um mau gestor....). Deve pugnar pela defesa das fileira que tutela, logo tem que preocupar-se OBVIAMENTE com a forma como os produtos nacionais são comercializados e a que preço são transaccionados, não apenas ao consumidor final, mas ao longo de toda a fileira...
PP
José Silva disse…
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Não sei se é coragem ou medo? Ou teatro? Mais de 1300 tractores bloquearam o trânsito em Paris.

Os italianos, espanhois, ingleses têm andado a tratar o tema e o Conselho da UE também.
Anónimo disse…
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Agradecia que me elucidassem sobre uma/duas questões ...
O que se pode considerar uma margem justa para o produtor?
30, 40, 50, 60% do preço final?


Vitor Monteiro
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José Martino disse…
Quando os mercados funcionavam sem a concentração da distribuição, parece-me que o preço do produtor era 30 a 40% do preço de venda (hortofruticolas).Hoje creio que será 20% a 25% do preço da venda.
José Silva disse…
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..
A questão 'justa' torna a resposta 'injusta'.

Se considerarmos a margem 'líquida', esta devia ser superior ao rendimento líquido de referência dos recursos financeiros envolvidos na realização do produto (se assim não for... dá menos 'trabalho' obter directamente esse rendimento pela via 'bancária').

Explicado em pormenor.

A propósito, uma passagem interessante dum relatório (14 págs.) que vale a 'pena' ter em devida 'conta':

Algumas cooperativas agrícolas que produzem bens tais como o café, o cacau, o chá e o algodão, têm melhorado o seu acesso aos mercados locais trabalhando em parceria com o Movimento Comércio Justo.
Ao abrigo dos mecanismos do Comércio Justo, é garantido aos produtores um preço que cobre o custo de produção mais uma margem justa. Em contrapartida, espera-se que os produtores cumpram os Padrões do Comércio Justo –sociais, económicos e ambientais, tais como evitar a utilização de trabalho infantil, as normas sobre a utilização de pesticidas, a reciclagem.
José Silva disse…
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Para quando o Bom Senso ganhar (no) 'terreno':

O Comércio Justo
Existente na Europa há 50 anos, o Comércio Justo é uma forma alternativa de distribuição e comercialização de mercadorias.
Definindo o termo, Miguel Pinto afirma que o Comércio Justo envolve "dialogar com o produtor de modo a pagar-lhe de forma justa", o que envolve "pagar mais" e optar pelo "pré-financiamento".
O Comércio Justo procura também criar "relações de longa duração" e fomentar a "sustentabilidade ambiental".
Anónimo disse…
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Ninguém respondeu directamente às minhas questões, vou eu aventurar-me naqueles terrenos movediços ...

Acho que o ideal seria, no geral, prescindir dos intermediários.

Por ex., o produtor vendia à grande Distribuição e eles vendiam ao consumidor.
Acho que é esta a filosofia do Clube de Produtores da Sonae.
Neste caso, acho que para haver um minimo de justiça o produtor teria que ficar com 50% do preço ao consumidor e, obviamente, a Distribuição ficaria com os outros 50%.
Hoje em dia, com os horticolas de Larga Vida, os desperdicios são baixos e é imoral a Distribuição ficar com mais de 50% do preço final.

Nas cadeias de menor eficácia, em que entre um intermediário entre o produtor e a Distribuição, o produtor tem que ficar no minimo com 1/3 do preço final ...

P.S - agradecia que me corrigissem se houver aqui alguma "calinada" nestes raciocinios.


Vitor Monteiro
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José Silva disse…
Experimente. Boa sorte ;-)

Veja:

Como tornar-se membro do Clube de Produtores

CONDIÇÕES DE ADMISSÃO

Todos os produtores ou associações de produtores podem tornar-se e manter-se membros do Clube de Produtores, desde que reunam as seguintes condições:

Sejam produtores e não intermediários na cadeia de abastecimento;
Tenham estabelecido com a Modelo Continente Hipermercados, SA um Contrato Geral de Fornecimento;
Tenham estabelecido com a Modelo Continente Hipermercados, SA um Contrato-Programa ou um Contrato de Parceria para o fornecimento de produtos em condições comerciais previamente estabelecidas e num prazo definido;
Cumpram o caderno de encargos técnico (definidor das características técnicas dos produtos e dos processos de produção) estabelecido pelo Clube.

>>>>>Mas não serão só facilidades:

Belmiro de Azevedo responde que o clube permite uma “distribuição mais eficiente” e “transparência de preços”

Produtores do Clube Sonae queixam-se de margens de comercialização apertadas

Alguns produtores do Clube Sonae afirmam que as vantagens de um relacionamento directo com uma grande cadeia de distribuição, que lhes garante o escoamento de grande parte da produção, tem como contrapartida a obrigação de se sujeitarem a margens de comercialização apertadas.
Anónimo disse…
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Agradeço-lhe pela sugestão.


Vitor Monteiro
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