Mais um argumento a favor do banco de terras público e nacional

Estou cada vez mais consciente que as dificuldades no acesso à terra são o principal estrangulamento na modernização do mundo rural português.

Tive oportunidade de ouvir hoje na Feira da Primavera, a história de um casal de Jovens Agricultores que estão há anos à procura de quem esteja disponível para arrendar as suas terras no distrito de Viana do Castelo, muitas delas abandonadas e que contribuem pelo seu potencial de combustíveis para promover os fogos florestais estivais. Contaram-me que há casos de pais com idade avançada que continuam a habitar nos territórios rurais, os quais gostariam de ter no futuro as suas terras tratadas, consultam os filhos que estão nas cidades e recebem como resposta que é melhor não assumir compromissos de arrendamento por longo prazo, pois existem expectativas que com a alteração dos Planos Directores Municipais essas propriedades possam valorizar com potencial de construção.

Estou convencido que esta política de “atirar dinheiro para os problemas da agricultura portuguesa”, se não for invertida, irá levar ainda ao maior empobrecimento de Portugal.

Quando haverá um banco de terras público em cada uma das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas? O que acham de se promover uma petição sobre um Banco de Terras Público que abranja todo o território nacional para desenvolver o mercado de colocar as terras à disposição de quem tem vocação para as explorar? Não será este um desígnio de política para a agricultura nacional?

Comentários

Anónimo disse…
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Essa é uma situação que eu próprio já constatei ...
Existem pessoas que não arrendam as terras porque estão à espera que elas possam valorizar-se com eventuais alterações aos PDMs.

Vitor Monteiro
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Anónimo disse…
Típico dos Portugueses, toda a gente quer dinheiro fácil...

FG

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