Um processo Kafkiano que decorre no Ministério da Agricultura.
Um viticultor candidatou-se em 2008 às ajudas da União Europeia para reconversão da sua vinha (candidaturas designadas por “VITIS”). Para tal apresentou o seu projecto através de uma “Candidatura Agrupada” promovida pela Adega Cooperativa da qual é associado. Recebeu a comunicação da aprovação da candidatura, assinou o respectivo contrato de ajudas, procedeu à implantação da nova vinha e por fim, apresentou o Pedido de Pagamento das Ajudas. Até este ponto, com maiores ou menores dificuldades, o processo evoluiu dentro das suas vicissitudes normais da burocracia do Ministério da Agricultura (abstenho-me de as descrever porque o que escrevo a seguir é bem mais grave).
Para receber as ajudas a quem direito tem que haver uma vistoria de controlo à sua vinha. Até hoje não houve vistoria ao projecto porque o sistema informático tem que emitir, previamente à visita ao terreno, um Relatório da Candidatura, o qual por deficiência do sistema informático sai em branco. O técnico da Direcção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) a quem incumbe fazer a vistoria já enviou para Lisboa dois pedidos a comunicar a falha e a solicitar para que repararem o sistema informático. Como esta falha ainda não foi reparada o processo está parado. Telefonou-se para a DRAP e informam que não podem fazer nada sem Lisboa resolver o problema. Telefonou-se para Lisboa e dizem que não podem fazer nada porque é a DRAP que tem de resolver o problema.
Certamente concordam comigo que se trata de um excelente exemplo de processo kafkiano!
Para receber as ajudas a quem direito tem que haver uma vistoria de controlo à sua vinha. Até hoje não houve vistoria ao projecto porque o sistema informático tem que emitir, previamente à visita ao terreno, um Relatório da Candidatura, o qual por deficiência do sistema informático sai em branco. O técnico da Direcção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) a quem incumbe fazer a vistoria já enviou para Lisboa dois pedidos a comunicar a falha e a solicitar para que repararem o sistema informático. Como esta falha ainda não foi reparada o processo está parado. Telefonou-se para a DRAP e informam que não podem fazer nada sem Lisboa resolver o problema. Telefonou-se para Lisboa e dizem que não podem fazer nada porque é a DRAP que tem de resolver o problema.
Certamente concordam comigo que se trata de um excelente exemplo de processo kafkiano!
Comentários
É obra, nem Kafka ...
Conseguia ser tão Kafkiano!
PORTUGAL NO SEU "ESPLENDOR" ... !!!
Alexandre
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O Estado Português não consegue inovar nos entraves que cria aos seus cidadãos!