CRIAR NEGÓCIOS A PARTIR DO I&D AGRÍCOLA

Caro eng. José Martino,

Estive a ler o relatório elaborado pelo Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos sobre “Frutos Secos: Uma aproximação quantitativa à disponibilidade de subprodutos”  (https://www.flfrevista.pt/file/2020/06/Relat%C3%B3rio-CNCFS.pdf) e concluo que os investigadores do Centro de Investigação de Montanha (CIMO), Instituto Politécnico de Bragança, se ficam pelo levantamento das quantidade potenciais estatísticas e das respetivas remotas utilizações alternativas dos subprodutos dos frutos secos (amendoeira, castanheiro, alfarrobeira, nogueira, aveleira e pistaceira). Na sua opinião, o que falta à investigação e desenvolvimento sobre a agricultura para se tornar fonte de planos de negócio e criação de riqueza com valor acrescentado e emprego?
Agradeço a sua resposta.
Agradecida
Atentamente

 

Comentários:
1. As culturas dos frutos secos representam criação de riqueza e emprego na maioria dos casos, em regiões muito deprimidas do Interior de Portugal.

2. As produções de frutos secos para consumo humano apresentam rentabilidade que decorre diretamente da produtividade de cada parcela/exploração agrícola.

3. A valorização dos subprodutos representa para o “Portugal Profundo” do Interior, potencial para novos negócios, valor acrescentado muito interessante e potencial emprego de qualidade.

4. Na minha opinião, para novos negócios em geral, se tornarem realidade é preciso reunir 3 condições: existência de plano de negócios, liderança competente para o novel negócio e capital.

5.   Para os novos negócios se tornarem realidade a partir do I&D gerado pelos Politécnicos, Universidades e Centros de Investigação ligados à agricultura e ao mundo rural, é preciso que estas Instituições tenham equipas para montarem os planos de negócio, procederem à sua divulgação junto dos alunos e na sociedade, tendo como objetivo encontrar a liderança e capital para o negócio, e negociarem a respetiva contratualização e implementação, quer por venda, quer por participação em capital, quer por ambas as opções.