Proposta para evitar conflitos decorrentes do desordenamento do território!

Um agricultor do Minho dizia-me a semana passada que tinha problemas com os seus vizinhos devido à sua vacaria estar rodeada de habitações e que hoje as pessoas não aceitam os odores e a existência de insectos decorrentes da exploração pecuária.

Lamentava esta situação porque há trinta anos quando construiu a vacaria as casas mais próximas estavam a um quilómetro. Há dez anos atrás quando começaram as construções, os impactos ambientais eram os mesmos de hoje, a vizinhança não deu importância ao facto, pois a maioria dos que agora lhe criam problemas apenas queriam, à época, construir uma casinha nos terrenos da família que herdaram dos pais.

Encontrava-se deprimido porque teve de cortar relações com pessoas que conviveu durante muitos anos e que pelos problemas que lhe estavam a criar só voltaria a ter um relacionamento normal com a vizinhança se encerrasse a sua exploração leiteira.

Dei comigo a pensar nas pressões que sofrem os Presidentes de Câmaras Municipais e as Comissões da Reserva Agrícola para permitirem que pessoas humildes usem os terrenos de sua propriedade para construírem a sua habitação própria.
Além disso, há custos brutais para levar electricidade, água, saneamento, arruamentos, etc. aos sítios mais recônditos do país. Na maioria dos concelhos do país têm casas semeadas por toda a sua área geográfica. Muitos dos lugares e aldeias apenas têm vida ao fim de semana ou no mês de Agosto. Quanto custa a Portugal a implementação e manutenção destas infra-estruturas? Que conflitos entre usos de solo nascem da falta de ordenamento do território?

Seria recomendável que os Municípios urbanizassem e tivessem lotes de terrenos urbanos com todas as infra-estruturas e que servissem para troca/permuta com quem fosse proprietário de terreno rústico e nele quisesse construir uma casa ou mesmo quem possuísse prédio urbano isolado.

Esta metodologia iria contribuir para incrementar algum ordenamento no território, melhoria da estrutura fundiária das explorações agrícolas e sobretudo, para evitar conflitos sociais. Todos os actores ganhariam, mas a maior vantagem seria para Portugal!

Comentários

Anónimo disse…
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