Organizações de Produtores
Viva, José Martino,
Procuro há algum tempo uma organização de produtores para me ligar no meu projeto de apicultura obter a majoração na VGO da candidatura que apresentei ao PDR2020.
Na minha opinião esta condição não faz sentido porque todos e cada um de nós, projeto apoiado pelos fundos financeiros públicos, deveríamos ter a liberdade de a cada momento vendermos as nossas produções agrícolas a quem quisermos porque a maioria das organizações de comercialização paga mal a quem está fidelizado. Concorda com a minha opinião?
Agradeço o que entenda dizer-me sobre este assunto.
Comentários:
1. A Distribuição Organizada, vulgo hipermercados e supermercados, está concentrada num número reduzido de empresas e a oferta das produções agrícolas numas largas centenas ou milhares de operadores. Desta forma percebe-se, como a procura está muito concentrada face à oferta dos produtos agrícolas e agro industriais, a distribuição organizada tem um enorme poder para de forma artificial, fora das regras de funcionamento do mercado livre (lei da oferta e da procura) baixar os preços de compra e as condições de aquisição para níveis abaixo ou em linha dos custos de produção, não conseguindo o fornecedor gerar valor acrescentado na sua atividade.
2. Muitas das produções agrícolas portuguesas só conseguem criar valor acrescentado se forem exportadas e para isso, é necessário concentrar grandes quantidades de produtos para ir de encontro aos interesses dos importadores internacionais que querem uma oferta regular ao longo de extensos períodos de tempo para produtos homogéneos ao nível dos diversos itens da qualidade para os produtos em causa.
3. Tendo em conta o descrito em 1. e 2. é preciso concentrar a oferta de produtos agrícolas na fase dfa comercialização e colocação no mercado para incrementar a geração de valor acrescentado para o agricultor.
4. Pelo escrito em 3. na minha opinião, faz sentido que as políticas agrícolas públicas incentivem a concentração da oferta em organizações de produtores, cooperativas e empresas, cuja maioria do capital seja detido pelos produtores interessados. Parece-me uma excelente medida a priorização no acesso aos fundos públicos de apoio ao investimento para os promotores que futuramente façam a comercialização das suas produções através de organização de produtores que esteja formalmente reconhecida como tal.
5. Defendo que nas Assembleias Gerais e outros eventos de participação dos associados nas suas Organizações de Produtores são os locais próprios para os produtores, quer individual, quer em grupo, exercerem o seu poder, levarem os dirigentes a alterarem as políticas de valorização das produções ou em casos mais extremos, substituírem a equipa dirigente por outra que seja mais competente.
6. Para mim, deveria haver uma política de maiores apoios à formação de organizações de produtores e só deveria haver apoio público ao investimento na agricultura para quem fosse sócio de uma organização de produtores para se conseguir melhorar o indicado em 1. e dar resposta ao explicado em 2. Esta é a melhor forma de se aplicar os apoios públicos porque garante um melhor acesso e valorização dos produtos no mercado e ao mesmo tempo, defende os superiores interesses públicos dos agricultores, de Portugal e dos portugueses.
Procuro há algum tempo uma organização de produtores para me ligar no meu projeto de apicultura obter a majoração na VGO da candidatura que apresentei ao PDR2020.
Na minha opinião esta condição não faz sentido porque todos e cada um de nós, projeto apoiado pelos fundos financeiros públicos, deveríamos ter a liberdade de a cada momento vendermos as nossas produções agrícolas a quem quisermos porque a maioria das organizações de comercialização paga mal a quem está fidelizado. Concorda com a minha opinião?
Agradeço o que entenda dizer-me sobre este assunto.
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1. A Distribuição Organizada, vulgo hipermercados e supermercados, está concentrada num número reduzido de empresas e a oferta das produções agrícolas numas largas centenas ou milhares de operadores. Desta forma percebe-se, como a procura está muito concentrada face à oferta dos produtos agrícolas e agro industriais, a distribuição organizada tem um enorme poder para de forma artificial, fora das regras de funcionamento do mercado livre (lei da oferta e da procura) baixar os preços de compra e as condições de aquisição para níveis abaixo ou em linha dos custos de produção, não conseguindo o fornecedor gerar valor acrescentado na sua atividade.
2. Muitas das produções agrícolas portuguesas só conseguem criar valor acrescentado se forem exportadas e para isso, é necessário concentrar grandes quantidades de produtos para ir de encontro aos interesses dos importadores internacionais que querem uma oferta regular ao longo de extensos períodos de tempo para produtos homogéneos ao nível dos diversos itens da qualidade para os produtos em causa.
3. Tendo em conta o descrito em 1. e 2. é preciso concentrar a oferta de produtos agrícolas na fase dfa comercialização e colocação no mercado para incrementar a geração de valor acrescentado para o agricultor.
4. Pelo escrito em 3. na minha opinião, faz sentido que as políticas agrícolas públicas incentivem a concentração da oferta em organizações de produtores, cooperativas e empresas, cuja maioria do capital seja detido pelos produtores interessados. Parece-me uma excelente medida a priorização no acesso aos fundos públicos de apoio ao investimento para os promotores que futuramente façam a comercialização das suas produções através de organização de produtores que esteja formalmente reconhecida como tal.
5. Defendo que nas Assembleias Gerais e outros eventos de participação dos associados nas suas Organizações de Produtores são os locais próprios para os produtores, quer individual, quer em grupo, exercerem o seu poder, levarem os dirigentes a alterarem as políticas de valorização das produções ou em casos mais extremos, substituírem a equipa dirigente por outra que seja mais competente.
6. Para mim, deveria haver uma política de maiores apoios à formação de organizações de produtores e só deveria haver apoio público ao investimento na agricultura para quem fosse sócio de uma organização de produtores para se conseguir melhorar o indicado em 1. e dar resposta ao explicado em 2. Esta é a melhor forma de se aplicar os apoios públicos porque garante um melhor acesso e valorização dos produtos no mercado e ao mesmo tempo, defende os superiores interesses públicos dos agricultores, de Portugal e dos portugueses.
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