Qual a estratégia para um kiwicultor tornar mais competitiva a sua exploração agrícola?
Eng. José Martino, bom dia,
Tive a oportunidade de o ouvir na passada 6.ª feira, dia 9 de novembro de 2018, na qualidade de moderador no Serão da Aldeira promovido pela Dólmen com o título "Tradição e Inovação - Resiliência em Meio Rural - A Produção de Kiwi" e gostaria de saber a sua opinião sobre, qual a estratégia para um kiwicultor tornar mais competitiva a sua exploração agrícola?
Tenho admiração pelo seu trabalho como agrónomo especialista na cultura do kiwi, líder no aparecimento e lançamento da APK - Associação Portuguesa de Kiwicultores, seu primeiro presidente da Direção, consultor na elaboração de muitos e bons projetos de plantações de kiwis, entrepostos e organizações de produtores, um líder de opinião que representa a massa crítica desta fileira. É com base nestes atributos que peço a opinião sobre a questão colocada acima.
Agradeço as considerações que entenda fazer sobre o exposto.
Cumprimentos,
Comentários:
1. Um kiwicultor para tornar mais competitiva a sua exploração agrícola deve produzir o perfil de produto que os entrepostos lhe pagam: frutos sem defeitos de epiderme e forma (procuram-se frutos compridos com a forma de ovo), com bom poder de conservação frigorífica (acima de 6 meses), com elevado peso médio por frutos (acima das 100 g por fruto e com peso mínimo acima das 70g por fruto), modo de produção certificado em GlobalGap+Grasp e grande quantidade (acima das 35 t/ha),
2. Os custos de produção devem ser controlados, sobretudo a gestão das horas de mão de obra para podar (poda de inverno e poda de verão), anilhado. monda, fertilizações, colheita, etc. nos custos com fertilizantes, herbicidas, etc.
3. Os encargos com amortizações de empréstimos bancários devem estar em linha com investimentos ponderados e ao intervalo de rendimento líquido que esta atividade/produção pode gerar.
4. Um kiwicultor competitivo deve procurar a médio prazo atingir a economia de escala mais baixa que está situada entre os 8-10 ha de superfície de plantação (exige 2 trabalhadores a tempo inteiro e otimiza a estrutura de mecanização com base num trator (+/- 1000 h por ano) e respetivos equipamentos (destroçador de martelos, pulverizador de turbina de 2000 l, etc.)
5. Deve haver uma dispersão varietal na exploração agrícola havendo a Hayward (variedade verde) uma variedade de polpa amarela (Jintao, Enzagold, Dori, soreli, G3/Sungold, etc.) kiwi arguta (também conhecido por kiwi bebé, kiwi pequeno, sem pêlo, que se come com casca).
6. O kiwicultor competitivo está a atento à inovação e evolução dos pormenores das operações culturais, à respetiva gestão, assente numa assistência técnica organizada e num registo rigoroso, constante, permanente, sistemático, diário, tudo o que é feito na exploração, seja pelo responsável operacional, seja pelos trabalhadores de campo.
7. O kiwicultor que quer ser competitivo tem um conjunto de sensores para medir e recolher de forma automática a humidade no solo a várias profundidades: 10 cm. 30 cm e 50 cm, tem estação meteorológica para recolha de dados de forma automática, gestão automática da rega através de computador e telemóvel. Tira partido das oportunidades que as tecnologias colocam à sua disposição com o objetivo de otimizar e melhor gerir a sua exploração agrícola.
8. O empresário de kiwi competitivo todos os anos faz uma visita de estudo a Itália, país cujas produções são as que concorrem mais diretamente com as portuguesas para avaliar in loco o estado da arte e perceber como se deve posicionar e trabalhar para continuar a ser competitivo.
Tive a oportunidade de o ouvir na passada 6.ª feira, dia 9 de novembro de 2018, na qualidade de moderador no Serão da Aldeira promovido pela Dólmen com o título "Tradição e Inovação - Resiliência em Meio Rural - A Produção de Kiwi" e gostaria de saber a sua opinião sobre, qual a estratégia para um kiwicultor tornar mais competitiva a sua exploração agrícola?
Tenho admiração pelo seu trabalho como agrónomo especialista na cultura do kiwi, líder no aparecimento e lançamento da APK - Associação Portuguesa de Kiwicultores, seu primeiro presidente da Direção, consultor na elaboração de muitos e bons projetos de plantações de kiwis, entrepostos e organizações de produtores, um líder de opinião que representa a massa crítica desta fileira. É com base nestes atributos que peço a opinião sobre a questão colocada acima.
Agradeço as considerações que entenda fazer sobre o exposto.
Cumprimentos,
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1. Um kiwicultor para tornar mais competitiva a sua exploração agrícola deve produzir o perfil de produto que os entrepostos lhe pagam: frutos sem defeitos de epiderme e forma (procuram-se frutos compridos com a forma de ovo), com bom poder de conservação frigorífica (acima de 6 meses), com elevado peso médio por frutos (acima das 100 g por fruto e com peso mínimo acima das 70g por fruto), modo de produção certificado em GlobalGap+Grasp e grande quantidade (acima das 35 t/ha),
2. Os custos de produção devem ser controlados, sobretudo a gestão das horas de mão de obra para podar (poda de inverno e poda de verão), anilhado. monda, fertilizações, colheita, etc. nos custos com fertilizantes, herbicidas, etc.
3. Os encargos com amortizações de empréstimos bancários devem estar em linha com investimentos ponderados e ao intervalo de rendimento líquido que esta atividade/produção pode gerar.
4. Um kiwicultor competitivo deve procurar a médio prazo atingir a economia de escala mais baixa que está situada entre os 8-10 ha de superfície de plantação (exige 2 trabalhadores a tempo inteiro e otimiza a estrutura de mecanização com base num trator (+/- 1000 h por ano) e respetivos equipamentos (destroçador de martelos, pulverizador de turbina de 2000 l, etc.)
5. Deve haver uma dispersão varietal na exploração agrícola havendo a Hayward (variedade verde) uma variedade de polpa amarela (Jintao, Enzagold, Dori, soreli, G3/Sungold, etc.) kiwi arguta (também conhecido por kiwi bebé, kiwi pequeno, sem pêlo, que se come com casca).
6. O kiwicultor competitivo está a atento à inovação e evolução dos pormenores das operações culturais, à respetiva gestão, assente numa assistência técnica organizada e num registo rigoroso, constante, permanente, sistemático, diário, tudo o que é feito na exploração, seja pelo responsável operacional, seja pelos trabalhadores de campo.
7. O kiwicultor que quer ser competitivo tem um conjunto de sensores para medir e recolher de forma automática a humidade no solo a várias profundidades: 10 cm. 30 cm e 50 cm, tem estação meteorológica para recolha de dados de forma automática, gestão automática da rega através de computador e telemóvel. Tira partido das oportunidades que as tecnologias colocam à sua disposição com o objetivo de otimizar e melhor gerir a sua exploração agrícola.
8. O empresário de kiwi competitivo todos os anos faz uma visita de estudo a Itália, país cujas produções são as que concorrem mais diretamente com as portuguesas para avaliar in loco o estado da arte e perceber como se deve posicionar e trabalhar para continuar a ser competitivo.
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